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Os cinco conflitos mais comuns entre franqueados e franqueadoras

Como toda relação de negócios, o franchising tem seus problemas; confira os conflitos mais frequentes nas franquias
Luis Philipe Souza

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É consenso que abrir uma franquia é um procedimento menos trabalhoso do que começar o próprio negócio de maneira convencional. Por mais que seja necessário o acompanhamento de perto pelo franqueado, aspectos como contratos com fornecedores e até detalhes de divulgação já estão previamente definidos no padrão da marca.

Foto: Thinkstock/Getty Images
“Abrir uma franquia não é garantia de sucesso”, afirma a consultora de franquias Anna Vecchi
No entanto, isso não significa que os franqueados sigam sem problemas no decorrer do trabalho. Pelo contrário, dizem especialistas, muitos deles se frustram logo após a abertura da franquia.

A seguir, seguem listados – e comentados – os principais problemas observados no mercado de franchising.

1 – Fundos de publicidade

Um dos principais conflitos entre franqueados e franqueadoras pode ser em torno do marketing. A maioria das empresas trabalha com um fundo de publicidade, no qual todo mês é depositado uma quantia dos franqueados para ações gerais da rede.

No entanto, seja na divulgação de abertura da nova franquia ou meses depois, o franqueado acha que as ações publicitárias são insuficientes e cobra da franqueadora por mais atenção local. Segundo Diego Simioni, consultor de franquias da GoAkira, esse comportamento é muito comum, mas de nada adianta.

“O marketing gera muita expectativa e é um gargalo muito forte. No caso de até 100 lojas franqueadas, o fundo de publicidade é muito pequeno. [O franqueado]

não pode esperar que a marca esteja na TV toda hora”, explica, acrescentando que esse montante é direcionado para ações institucionais. “Outro ponto que gera descontentamento é quando a franqueadora faz uma ação que beneficia apenas uma região. O franqueado de outra área vai se sentir prejudicado, então tem que ser tudo bem estruturado”.

Leia mais: De vendedor de caixão a dono de 11 franquias

2 – Treinamento (a falta de)

Alguns negócios têm em sua natureza processos logísticos mais complexos, o que demanda um forte e criterioso treinamento de gerência e corpo de funcionários. Com alguma frequência essa parte é negligenciada pelas franqueadoras e, posteriormente, isso pode se transformar em uma grande dor de cabeça.

“Cinco dias de treinamento para uma operação de Fast Food ou varejo, por exemplo, não adiantam, não ensinam nada. O tempo é fundamental para inaugurar já levantando voo, não batendo cabeça. Se isso acontecer, vai ter problema”, afirma Ana Vecchi, diretora da consultoria de inteligência estratégica Vecchi Ancona.

3 – Exclusividade ou Preferência?

Outro motivo que pode causar confusão entre as partes costuma ficar esquecido – ou mesmo escondido – no contrato: a cláusula que trata de exclusividade da área da franquia. De acordo com Simioni, a maioria dos contratos prevê um acordo somente de preferência, mas não de exclusividade.

“Na caso da preferência, se a franqueadora recebe uma proposta de abertura numa área onde já há um franqueado, ela oferece [ao franqueado]

a opção de abrir outra loja. Caso contrário, ela vende para o outro interessado”, explica o especialista, acrescentando que é importante ficar atento e se informar sobre o potencial de crescimento da marca no local.

4 – Distanciamento pós-abertura

Este ponto gira em torno da falta de comunicação frequente entre muitas franqueadoras e seus franqueados de acordo com o passar do tempo. Após toda a euforia e esforço para colocar tudo em ordem em uma nova loja, naturalmente a franqueadora tira um pouco a mão da massa e volta ao posto original de gerenciamento.

No entanto, muitos franqueados se sentem “sem chão” com essa mudança. “Há um certo nível de frustração. Costumo dizer que o franqueado tem fases que vão desde a empolgação inicial até aquela em que acha que todo o mérito do trabalho é fruto do esforço dele”, afirma o especialista da GoAkira.

Equívocos são observados de ambas as partes: franqueados que esperam suporte excessivo e franqueadoras que deixam seus parceiros a ver navios. Por conta disso, Simioni alerta que é preciso “discutir a relação”. “Tem de haver conversa, pois não se pode esquecer que o relacionamento no franchising é de ganha-ganha”.

5 – Expectativa x Realidade

Talvez o ponto que crie a maior tensão em uma relação de franquias seja a diferença entre o que é projetado e o que, de fato, os números mostram na realidade. Apesar de o franchising ter um índice de falência oito vezes menor que o de negócios próprios – cerca de 3% após um ano de abertura –, a decepção com os resultados é bastante corrente.

Segundo Anna Vecchi,  é bastante comum ocorrer de o dito pelas franqueadoras não se refletir na prática, mas ela alerta para a parcela de culpa que também pode vir do novo empresário. “Em contrapartida, o franqueado precisa estar comprometido com o negócio. Abrir uma franquia não é garantia de sucesso”, pondera.

Como se motivar para atingir suas metas?

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Para a maioria das pessoas, motivação vem de fora. É um estímulo artificial, um empurrão alheio. Esse efeito pode ocorrer em uma competição, uma meta profissional que uma equipe toda está turbinada para alcançar, uma promessa de ganho extra, ou uma expectativa de que o esforço será recompensado com algo que se quer muito no curto prazo, seja dinheiro, poder, amizade, amor ou qualquer tipo de benefício. Quando não há uma perspectiva de vantagem no futuro próximo, as pessoas geralmente desanimam. O caminho de repente se torna tortuoso e incerto.

Pessoas que vivem assim raramente atingem um nível de sucesso satisfatório. Isso porque elas não sabem que pessoas realmente bem sucedidas não vivem continuamente em uma nuvem de felicidade e animação, super motivadas com tudo o que fazem. Ninguém vive dessa forma! Muita gente tem uma expectativa de que para fazer as coisas “bem feitas” ou para ter iniciativa de fazer qualquer coisa, é preciso estar motivado. Isso é um erro. Pessoas bem sucedidas fazem o que tem que ser feito, quando precisa, mesmo que seja a coisa mais penosa e chata do mundo. É como um bom estudante que dá conta de suas obrigações escolares. Se ele estudar só quando está motivado, ele está perdido! Mas é justamente isso o que muitos estudantes fazem, e evidentemente, eles acabam tendo um desempenho medíocre, senão insatisfatório.

Então, o que quer que você pense ou espere sobre a motivação, é bom saber que não há como estar sempre motivado, você nunca deve ter esse tipo de expectativa. Além disso, é bom estar consciente de que para atingir suas metas, você terá que estar disposto a fazer o que não tem vontade, o que não gosta e até mesmo o que detesta.

Compreender esse ponto é muito importante para que você não leia um artigo como esse acreditando que existe alguma fórmula para se motivar que será tiro e queda para aniquilar sua falta de vontade. Nós, seres humanos, somos criaturazinhas complicadas! Não existe receita para viver eternamente motivado, mas isso é justamente o que você precisa entender! Quando você compreende que apesar de poder lançar mão de uma técnica ou outra para se dar uma injeção de ânimo de vez em quando, você não deve associar ação a esses momentos de entusiasmo. Se a motivação falhar, “que seja”, você continua andando.

Estude casos de sucesso

Nós nos desmotivamos com as coisas mais irrelevantes, mas da mesma forma também podemos nos motivar facilmente. Pesquisas demonstram que simplesmente ler sobre sucesso, motivação, metas ou as conquistas de outras pessoas faz com que nós desejemos alcançar o mesmo em nossas vidas. Muitos autores de autoajuda sugerem que as pessoas diminuam a quantidade de leitura ou exposição a notícias do momento e se foquem mais no estudo de assuntos positivos. O efeito no cérebro é interessante e inclusive, há pesquisas que mostram como as áreas do cérebro que estão relacionadas à ação e iniciativa são ativadas quando a pessoa se concentra na obtenção de informações sobre sucesso.

Cases de sucesso, ou seja, as histórias de como outras pessoas prosperaram e venceram na vida, são de enorme importância nesse processo. Conhecer o caminho e a vitória de outras pessoas nos tira de nosso casulo individual e familiar e abre nossa visão de mundo. Passamos a ter a impressão de que se o fulano conseguiu, nós também podemos conseguir e essa percepção tem uma influência muito forte na motivação.

Isso não quer dizer que você deve virar um idiota que não lê, não escuta, não assiste notícias e aí não sabe o que está acontecendo no mundo! É perfeitamente possível organizar seu dia de forma que você possa se informar sobre o cotidiano, sem ter que investir muito tempo obtendo informações. De fato, se você observar o formato dos noticiários e jornais, as novidades do dia se resumem a umas duas ou três ocorrências importantes que ficam sendo repetidas continuamente a cada novo programa ou artigo em sites especializados.

Não se compare aos outros

Isso é complicado, muito complicado! Essa é uma das mais básicas características sociais humanas e é muito difícil nos desvincularmos da nossa própria natureza. Até certo ponto, nós não temos como evitar certas comparações, contudo, nós podemos nos tornar mais conscientes deste processo, evitando equiparações sem sentido.

A grama sempre parece mais verde do outro lado da cerca. É certo que ao olharmos a vida de outras pessoas, podemos ter a impressão de que tudo está muito bom, que elas não têm problema algum, que são muito bem sucedidas, felizes e realizadas, enquanto você amarga uma vida empacada. Evite achar que a vida de outras pessoas é perfeita, pois nunca é! Também não entre em linhas de raciocínio que questionam suas escolhas de vida como erradas e as dos outros como certas. É muito fácil se desmotivar se você enfia na cabeça que é um “perdedor” em um mundo de “vencedores”. A maioria das pessoas nesse mundo tem problemas, mesmo que de fora você não consiga vê-los ou mesmo imaginá-los.

Saiba por que você está fazendo as coisas

Um dos fatores desmotivadores mais potentes é a falta de sentido. Se você não sabe por que está fazendo algo, é natural se desmotivar e achar que tudo aquilo é besteira e sem razão. Há duas vertentes aqui: falta de perspectiva e falta de propósito.

Falta de perspectiva ocorre quando a pessoa não consegue enxergar que a vida não é uma estrada límpida de prazeres e felicidade e começa a achar que todas as atividades no meio do caminho são chatas e sem propósito. Na maioria das vezes, não é o caso. É como o estudante que fica rebelde e se nega a estudar quando ele começa a achar que “nunca vai usar nada daquilo na vida”. Ele não entende o “espírito da coisa” e se prende às minúcias de detalhes que realmente não serão rememorados na vida pós-escola, sem perceber o papel daquele esforço no desenvolvimento de seu cérebro e capacidade de raciocínio lógico. O mesmo efeito ocorre com tudo o que exige um processo longo e árduo para ser conquistado: de perda de peso à ascensão profissional, muita gente no meio do caminho começa a achar que as atividades não têm propósito algum, quando na realidade, elas estão se comportando como o estudante que acha que “nunca vai usar matemática na vida”.

Muita gente se comporta dessa forma no trabalho, alegando que “o chefe manda fazer coisas que não têm sentido”. Bom, você está sendo pago para fazer essas coisas sem sentido, não está?! Bom, sem comentários… Podemos ir longe nessa questão, analisando-a sob diversas perspectivas, mas o X da questão é que se você está sendo pago para fazer algo, simplesmente faça ou peça demissão e vá fazer o que quiser se não concorda. Essa postura, contudo, dificilmente vai levá-lo a ser bem sucedido na vida. O sucesso profissional não é conquistado quando você faz coisas em um ambiente corporativo que possuem profundo sentido, mas quando você faz o seu trabalho, o que quer que ele seja. Rebeldia profissional só funciona quando você é o dono da empresa e mesmo assim, há mais casos de rebeldes fracassados do que bem sucedidos.

Entretanto, não podemos perder perspectiva do segundo ponto: propósito. Mas você não acabou de dizer que devemos chutar o balde do propósito e fazer o que nos mandam fazer?! São duas coisas diferentes! Quem tem que ter propósito é você, não seu chefe! Você precisa ter um quadro maior que une suas decisões e iniciativas na vida. Isso confere sentido ao que você faz, mas não necessariamente às atividades que você realiza no cotidiano. É aí que mora a confusão. Muita gente espera que viver com propósito signifique que tudo o que você faz no dia a dia precise necessariamente ser algo de profunda importância. Não é assim que funciona! Tanto em nossas vidas particulares, quanto no andamento de empresas, muitas atividades aparentemente sem sentido precisam ser realizadas para que o bonde continue andando, mesmo quando não conseguimos amarrar uma coisa à outra para entendermos como tudo funciona.

Uma posição profissional, por exemplo, deve caber dentro de um propósito de crescimento na carreira mais amplo. As atividades do dia a dia desse cargo, contudo, não importam. É como fazer exercícios de matemática na escola. Podem ser chatos, podem parecer sem sentido, mas possuem um propósito maior no conjunto das metas para a sua vida.

Quando você tem esse senso de propósito circundando tudo o que você faz, você não se sente desmotivado fazendo coisas que aparentemente não têm sentido, pois o sentido não está ali naquela atividade. Se você assistiu Karatê Kid, você deve lembrar que o garoto Daniel ficava muito desmotivado e até mesmo enfurecido com seu mestre quando ele lhe passava suas atividades diárias, que consistiam geralmente em atividades domésticas. Ele não conseguia entender como tudo aquilo estava conectado ao ensinamento de karatê que o mestre deveria estar lhe dando. No final, entendemos junto com o personagem, que todos aqueles movimentos realizados nas atividades repetitivas, como pintar uma cerca, tinham o propósito de desenvolver os movimentos da arte marcial naturalmente.

Mantenha um registro do seu progresso

Pessoas pessimistas tendem a generalizar para baixo sua percepção, se tornando cegas para o progresso que já foi feito. Nós sempre achamos que não vamos esquecer que fizemos algo ou como aquilo teve um impacto positivo nos resultados que estamos tentando alcançar. Também tendemos a achar que o progresso é evidente, quando acontecer “nós vamos notar”. Essas duas suposições são enganosas. À medida que o tempo passa, nosso passado se mescla em um amontoado de memórias que explicam como chegamos até aqui. Nós sabemos o que aconteceu, mas perdemos aos poucos a capacidade de amarrarmos cada passo em uma linha que pode nos mostrar claramente o quanto já galgamos em direção a nossas metas.

Em momentos de desilusão, tendemos a esquecer ou passar por cima de todo esse progresso, achando que não estamos progredindo e que estamos empacados. Muitas vezes, isso não é verdade. Para escaparmos desse tipo de armadilha, não há nada melhor do que manter um registro escrito e organizado de tudo o que já foi feito em direção a cada meta.

Cada pessoa tem preferência para um formato específico. Eu que gosto de escrever bastante, por isso mantenho um diário com fatos e pensamentos sobre eles. Há pessoas que gostam de registrar o progresso na própria agenda usada no cotidiano em formato de anotações breves. Outras ainda utilizam apps no telefone ou tablet. Não importa como você mantenha registro do seu progresso, o importante é que você não deixe de marcar em algum lugar o que foi feito. Em momentos de desmotivação, você poderá olhar para trás e ver que, talvez para sua própria surpresa, você já subiu vários degraus mesmo sem perceber.

Se, pelo contrário, você percebe que não está progredindo, através das anotações você pode ter uma ideia melhor do que está roubando seu tempo no dia a dia e planejar como irá corrigir o rumo ou ajustar sua rotina.

Essas são apenas algumas dicas. Existem inúmeras técnicas de motivação das quais você pode lançar mão para atingir suas metas. É muito importante, contudo, não perder perspectiva desses pontos que foram analisados aqui:

– Entender que se você quer crescer na vida, você vai ter que fazer um monte de coisas chatas e difíceis que você não tem a mínima vontade de fazer. Você não precisa (nem deve esperar) se sentir motivado para fazer tudo na vida. Tal expectativa é a razão do fracasso de muita gente, não seja como elas!

– Você deve ter seu próprio propósito e procurar compreender como as atividades aparentemente sem sentido do cotidiano possuem um papel fundamental na construção da vida que você quer para você (mesmo que o papel seja lhe providenciar dinheiro para pagar as contas no final do mês).

– Não se comparando com os outros achando que a vida de todo mundo é perfeita, só a sua que é uma porcaria!

– Manter anotações do cotidiano para ter noção do seu progresso ou ajustar as atividades para corrigir baixa produtividade.

Para a maioria das pessoas, motivação vem de fora. É um estímulo artificial, um empurrão alheio. Esse efeito pode ocorrer em uma competição, uma meta profissional que uma equipe toda está turbinada para alcançar, uma promessa de ganho extra, ou uma expectativa de que o esforço será recompensado com algo que se quer muito no curto prazo, seja dinheiro, poder, amizade, amor ou qualquer tipo de benefício. Quando não há uma perspectiva de vantagem no futuro próximo, as pessoas geralmente desanimam. O caminho de repente se torna tortuoso e incerto.

Pessoas que vivem assim raramente atingem um nível de sucesso satisfatório. Isso porque elas não sabem que pessoas realmente bem sucedidas não vivem continuamente em uma nuvem de felicidade e animação, super motivadas com tudo o que fazem. Ninguém vive dessa forma! Muita gente tem uma expectativa de que para fazer as coisas “bem feitas” ou para ter iniciativa de fazer qualquer coisa, é preciso estar motivado. Isso é um erro. Pessoas bem sucedidas fazem o que tem que ser feito, quando precisa, mesmo que seja a coisa mais penosa e chata do mundo. É como um bom estudante que dá conta de suas obrigações escolares. Se ele estudar só quando está motivado, ele está perdido! Mas é justamente isso o que muitos estudantes fazem, e evidentemente, eles acabam tendo um desempenho medíocre, senão insatisfatório.

Então, o que quer que você pense ou espere sobre a motivação, é bom saber que não há como estar sempre motivado, você nunca deve ter esse tipo de expectativa. Além disso, é bom estar consciente de que para atingir suas metas, você terá que estar disposto a fazer o que não tem vontade, o que não gosta e até mesmo o que detesta.

Compreender esse ponto é muito importante para que você não leia um artigo como esse acreditando que existe alguma fórmula para se motivar que será tiro e queda para aniquilar sua falta de vontade. Nós, seres humanos, somos criaturazinhas complicadas! Não existe receita para viver eternamente motivado, mas isso é justamente o que você precisa entender! Quando você compreende que apesar de poder lançar mão de uma técnica ou outra para se dar uma injeção de ânimo de vez em quando, você não deve associar ação a esses momentos de entusiasmo. Se a motivação falhar, “que seja”, você continua andando.

Estude casos de sucesso

Nós nos desmotivamos com as coisas mais irrelevantes, mas da mesma forma também podemos nos motivar facilmente. Pesquisas demonstram que simplesmente ler sobre sucesso, motivação, metas ou as conquistas de outras pessoas faz com que nós desejemos alcançar o mesmo em nossas vidas. Muitos autores de autoajuda sugerem que as pessoas diminuam a quantidade de leitura ou exposição a notícias do momento e se foquem mais no estudo de assuntos positivos. O efeito no cérebro é interessante e inclusive, há pesquisas que mostram como as áreas do cérebro que estão relacionadas à ação e iniciativa são ativadas quando a pessoa se concentra na obtenção de informações sobre sucesso.

Cases de sucesso, ou seja, as histórias de como outras pessoas prosperaram e venceram na vida, são de enorme importância nesse processo. Conhecer o caminho e a vitória de outras pessoas nos tira de nosso casulo individual e familiar e abre nossa visão de mundo. Passamos a ter a impressão de que se o fulano conseguiu, nós também podemos conseguir e essa percepção tem uma influência muito forte na motivação.

Isso não quer dizer que você deve virar um idiota que não lê, não escuta, não assiste notícias e aí não sabe o que está acontecendo no mundo! É perfeitamente possível organizar seu dia de forma que você possa se informar sobre o cotidiano, sem ter que investir muito tempo obtendo informações. De fato, se você observar o formato dos noticiários e jornais, as novidades do dia se resumem a umas duas ou três ocorrências importantes que ficam sendo repetidas continuamente a cada novo programa ou artigo em sites especializados.

Não se compare aos outros

Isso é complicado, muito complicado! Essa é uma das mais básicas características sociais humanas e é muito difícil nos desvincularmos da nossa própria natureza. Até certo ponto, nós não temos como evitar certas comparações, contudo, nós podemos nos tornar mais conscientes deste processo, evitando equiparações sem sentido.

A grama sempre parece mais verde do outro lado da cerca. É certo que ao olharmos a vida de outras pessoas, podemos ter a impressão de que tudo está muito bom, que elas não têm problema algum, que são muito bem sucedidas, felizes e realizadas, enquanto você amarga uma vida empacada. Evite achar que a vida de outras pessoas é perfeita, pois nunca é! Também não entre em linhas de raciocínio que questionam suas escolhas de vida como erradas e as dos outros como certas. É muito fácil se desmotivar se você enfia na cabeça que é um “perdedor” em um mundo de “vencedores”. A maioria das pessoas nesse mundo tem problemas, mesmo que de fora você não consiga vê-los ou mesmo imaginá-los.

Saiba por que você está fazendo as coisas

Um dos fatores desmotivadores mais potentes é a falta de sentido. Se você não sabe por que está fazendo algo, é natural se desmotivar e achar que tudo aquilo é besteira e sem razão. Há duas vertentes aqui: falta de perspectiva e falta de propósito.

Falta de perspectiva ocorre quando a pessoa não consegue enxergar que a vida não é uma estrada límpida de prazeres e felicidade e começa a achar que todas as atividades no meio do caminho são chatas e sem propósito. Na maioria das vezes, não é o caso. É como o estudante que fica rebelde e se nega a estudar quando ele começa a achar que “nunca vai usar nada daquilo na vida”. Ele não entende o “espírito da coisa” e se prende às minúcias de detalhes que realmente não serão rememorados na vida pós-escola, sem perceber o papel daquele esforço no desenvolvimento de seu cérebro e capacidade de raciocínio lógico. O mesmo efeito ocorre com tudo o que exige um processo longo e árduo para ser conquistado: de perda de peso à ascensão profissional, muita gente no meio do caminho começa a achar que as atividades não têm propósito algum, quando na realidade, elas estão se comportando como o estudante que acha que “nunca vai usar matemática na vida”.

Muita gente se comporta dessa forma no trabalho, alegando que “o chefe manda fazer coisas que não têm sentido”. Bom, você está sendo pago para fazer essas coisas sem sentido, não está?! Bom, sem comentários… Podemos ir longe nessa questão, analisando-a sob diversas perspectivas, mas o X da questão é que se você está sendo pago para fazer algo, simplesmente faça ou peça demissão e vá fazer o que quiser se não concorda. Essa postura, contudo, dificilmente vai levá-lo a ser bem sucedido na vida. O sucesso profissional não é conquistado quando você faz coisas em um ambiente corporativo que possuem profundo sentido, mas quando você faz o seu trabalho, o que quer que ele seja. Rebeldia profissional só funciona quando você é o dono da empresa e mesmo assim, há mais casos de rebeldes fracassados do que bem sucedidos.

Entretanto, não podemos perder perspectiva do segundo ponto: propósito. Mas você não acabou de dizer que devemos chutar o balde do propósito e fazer o que nos mandam fazer?! São duas coisas diferentes! Quem tem que ter propósito é você, não seu chefe! Você precisa ter um quadro maior que une suas decisões e iniciativas na vida. Isso confere sentido ao que você faz, mas não necessariamente às atividades que você realiza no cotidiano. É aí que mora a confusão. Muita gente espera que viver com propósito signifique que tudo o que você faz no dia a dia precise necessariamente ser algo de profunda importância. Não é assim que funciona! Tanto em nossas vidas particulares, quanto no andamento de empresas, muitas atividades aparentemente sem sentido precisam ser realizadas para que o bonde continue andando, mesmo quando não conseguimos amarrar uma coisa à outra para entendermos como tudo funciona.

Uma posição profissional, por exemplo, deve caber dentro de um propósito de crescimento na carreira mais amplo. As atividades do dia a dia desse cargo, contudo, não importam. É como fazer exercícios de matemática na escola. Podem ser chatos, podem parecer sem sentido, mas possuem um propósito maior no conjunto das metas para a sua vida.

Quando você tem esse senso de propósito circundando tudo o que você faz, você não se sente desmotivado fazendo coisas que aparentemente não têm sentido, pois o sentido não está ali naquela atividade. Se você assistiu Karatê Kid, você deve lembrar que o garoto Daniel ficava muito desmotivado e até mesmo enfurecido com seu mestre quando ele lhe passava suas atividades diárias, que consistiam geralmente em atividades domésticas. Ele não conseguia entender como tudo aquilo estava conectado ao ensinamento de karatê que o mestre deveria estar lhe dando. No final, entendemos junto com o personagem, que todos aqueles movimentos realizados nas atividades repetitivas, como pintar uma cerca, tinham o propósito de desenvolver os movimentos da arte marcial naturalmente.

Mantenha um registro do seu progresso

Pessoas pessimistas tendem a generalizar para baixo sua percepção, se tornando cegas para o progresso que já foi feito. Nós sempre achamos que não vamos esquecer que fizemos algo ou como aquilo teve um impacto positivo nos resultados que estamos tentando alcançar. Também tendemos a achar que o progresso é evidente, quando acontecer “nós vamos notar”. Essas duas suposições são enganosas. À medida que o tempo passa, nosso passado se mescla em um amontoado de memórias que explicam como chegamos até aqui. Nós sabemos o que aconteceu, mas perdemos aos poucos a capacidade de amarrarmos cada passo em uma linha que pode nos mostrar claramente o quanto já galgamos em direção a nossas metas.

Em momentos de desilusão, tendemos a esquecer ou passar por cima de todo esse progresso, achando que não estamos progredindo e que estamos empacados. Muitas vezes, isso não é verdade. Para escaparmos desse tipo de armadilha, não há nada melhor do que manter um registro escrito e organizado de tudo o que já foi feito em direção a cada meta.

Cada pessoa tem preferência para um formato específico. Eu que gosto de escrever bastante, por isso mantenho um diário com fatos e pensamentos sobre eles. Há pessoas que gostam de registrar o progresso na própria agenda usada no cotidiano em formato de anotações breves. Outras ainda utilizam apps no telefone ou tablet. Não importa como você mantenha registro do seu progresso, o importante é que você não deixe de marcar em algum lugar o que foi feito. Em momentos de desmotivação, você poderá olhar para trás e ver que, talvez para sua própria surpresa, você já subiu vários degraus mesmo sem perceber.

Se, pelo contrário, você percebe que não está progredindo, através das anotações você pode ter uma ideia melhor do que está roubando seu tempo no dia a dia e planejar como irá corrigir o rumo ou ajustar sua rotina.

Essas são apenas algumas dicas. Existem inúmeras técnicas de motivação das quais você pode lançar mão para atingir suas metas. É muito importante, contudo, não perder perspectiva desses pontos que foram analisados aqui:

– Entender que se você quer crescer na vida, você vai ter que fazer um monte de coisas chatas e difíceis que você não tem a mínima vontade de fazer. Você não precisa (nem deve esperar) se sentir motivado para fazer tudo na vida. Tal expectativa é a razão do fracasso de muita gente, não seja como elas!

– Você deve ter seu próprio propósito e procurar compreender como as atividades aparentemente sem sentido do cotidiano possuem um papel fundamental na construção da vida que você quer para você (mesmo que o papel seja lhe providenciar dinheiro para pagar as contas no final do mês).

– Não se comparando com os outros achando que a vida de todo mundo é perfeita, só a sua que é uma porcaria!

– Manter anotações do cotidiano para ter noção do seu progresso ou ajustar as atividades para corrigir baixa produtividade.

Fonte: SONHOS ESTRATÉGICOS

SÓ UMA PESSOA É TÃO ADMIRÁVEL QUANTO O APRESENTADOR SILVIO SANTOS: O EMPREENDEDOR SILVIO SANTOS

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Aos 14 anos, Silvio Santos já se virava como ambulante nas ruas do Rio de Janeiro. Aos 32, assumia o Baú da Felicidade. Conheça aqui a trajetória deste espetacular empreendedor brasileiro.
Carisma inigualável, familiaridade extraordinária com o povo e imenso talento para os negócios: são raras, raríssimas as ocasiões em que essas qualidades andam lado a lado. Na verdade, talvez não seja exagero dizer que somente em um caso recente isso tenha ocorrido com tamanho sucesso: naquele do apresentador de TV mais famoso do país, e de uma das personalidades mais queridas de todos os brasileiros – Silvio Santos.
Afinal, pode perguntar para qualquer pessoa que você conhece: e o dia em que o Brasil perder o Silvio Santos? Gostando ou não dele, a pessoa muito provavelmente vai fechar a expressão, estremecer de leve, encolher os ombros e dizer, com ar agourento: “Puxa, vai ser complicado…”
Pudera. Silvio Santos não é apenas amado, é praticamente “imorrível”; trata-se um dos poucos casos em que alguém alcança o status de lenda ainda em vida. E isso por conta de uma história sensacional, que se confunde com a do próprio país já há décadas. Desde os anos 70, milhões e milhões de brasileiros encerram o domingo ao lado dele. E isso no canal de TV por ele criado e que, durante muito tempo, rivalizou com a maior emissora nacional, detentora de uma infra-estrutura muito mais completa.
Ocorre, entretanto, que esta é apenas uma das faces de Silvio Santos. O dono da risada mais imitada do país é também um empreendedor do mais alto quilate, um criador de empresas bem sucedidas nos mais diversos ramos. Montou um império que reúne emissoras de TV, empresas de cosméticos e financeiras, e até um hotel.
Tudo isso compõe uma trajetória absolutamente inspiradora para qualquer gestor, não importando o tamanho da organização. Uma história que, ainda que de forma resumida, resolvemos compartilhar com você.
Rio de Janeiro: Bairro da Lapa, 1930…
Vinha ao mundo, em 12 de dezembro, o filho de dois imigrantes judeus oriundos do antigo Império Otomano (o pai, Alberto, nasceu em uma cidade que hoje pertence à Grécia; e a mãe, Rebecca, de uma cidade hoje na Turquia), batizado Senor Abravanel.
A família era numerosa: o pequeno Senor tinha cinco irmãos. Desde cedo foi fascinado por cinema e, acompanhado por Leon, o mais novo, sempre dava um jeito de ir de graça às sessões da Cinelândia.
Jovem ambulante de voz trovejante
Foi por essa época, aí com 14 anos, que Silvio Santos, então Senor, teve o primeiro ímpeto empreendedor: durante as perambulações pelo centro do Rio, deparou-se com um sujeito vendendo capinhas para proteção de título de eleitor.
Resolveu fazer o mesmo, sempre acompanhado pelo irmão. Mas a repressão policial aos ambulantes era dura, e os dois só conseguiam vender suas capinhas por 45 minutos, durante o almoço dos oficiais.
Embora por um tempo curto, a voz já potente do garoto chamou a atenção. Então, veio o convite para fazer um teste na rádio Guanabara – ele passou em primeiro lugar, à frente até de um sujeito que também estava dando seus primeiros passos: Chico Anysio.
Mas o trabalho de ambulante rendia mais, e ele logo saiu da rádio para voltar a vender nas ruas.
Visão precoce para oportunidades
Depois de ser convocado para o exército e começar uma carreira militar (serviu na Escola de Paraquedistas, onde até chegou a realizar alguns saltos), a carreira de camelô ficou um pouco deslocada. Então, enquanto não estava fardado, Silvio Santos arranjou um emprego como locutor em uma rádio de Niterói, para dar uma força na renda.
Tendo que pegar, todos os dias, a barca para atravessar a Baía de Guanabara, Silvio teve uma ideia: montar um serviço de autofalante no transporte. Tocava músicas e, entre uma canção e outra, ele vendia alguns produtos.
Deu tão certo que logo todas as barcas contavam com o serviço. Algumas até aprimoraram, e instalaram um bar e um bingo – por iniciativa, claro, do jovem Silvio Santos.
Rumo a São Paulo e ao grandioso destino: o Grupo Silvio Santos
Aos 20 anos, o jovem e desenvolto radialista resolveu arriscar a vida em São Paulo. Uma vez na capital, Silvio Santos virava-se apresentando espetáculos e sorteios em caravanas de artistas. Foi por essa época que se tornou amigo do também radialista Manuel da Nóbrega (pai do apresentador da “Praça é Nossa”, Carlos Alberto), que tinha dificuldades para administrar uma empresa de venda de brinquedos a prazo. O nome? “Baú da Felicidade”.
Tratava-se de um sistema de carnês em que o cliente pagava as prestações de uma caixa de brinquedos ao longo do ano, e recebia os produtos na época do Natal. Nóbrega havia vendido muitos carnês, mas estava com dificuldade para entregar as mercadorias. Então, pediu a ajuda de Silvio para resolver a situação antes de fechar a empresa.
Acontece que o faro de Silvio Santos funcionou mais uma vez. Ele viu uma grande oportunidade, e assumiu o controle total do Baú. Era o início do que, em 1962, viria a se tornar o Grupo Silvio Santos.
Próximo passo: a TV
Com o negócio de vento em popa, Silvio Santos resolveu dar mais um importante passo: em 1961, com trinta anos, estreou seu programa de TV, chamado “Vamos brincar de forca”. Tendo Senor adotado de vez o nome artístico, a atração depois foi rebatizada como “Programa Silvio Santos”: nela, o apresentador aproveitava para fazer propaganda de seu Baú.
A empresa já não distribuía só brinquedos e eletrodomésticos, mas uma enorme gama de produtos – e fazia muito sucesso. A ponto de Silvio Santos ter de criar uma série de empresas para suprir as demandas do Baú: a Baú Construtora, a concessionária Vimave e a Marca Filmes são alguns exemplos.
O tão sonhado canal próprio
Atuando ao mesmo tempo apresentador e empresário bem sucedido, Silvio Santos começou, nos anos 70, a sonhar com a própria emissora. Um sonho que se realizou em 1975, quando ficou em primeiro lugar na concorrência para o Canal 11, do RJ. Com mais de 13 mil funcionários e investimento inicial de 10 milhões de dólares, começava a operar a TVs.
Seis anos depois, Silvio ganhou a concessão de mais quatro emissoras que, juntas, foram rebatizadas como Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT. Assim, o empresário conseguiria vender seus produtos e serviços a custos quase ínfimos.
A tentação da política
Nos anos 80, a popularidade de Silvio Santos era tamanha que não foram poucos os convites para que entrasse na política. A ponto de quase sair candidato à presidência em 1989 – chegou a fazer campanha no SBT, mas o projeto não foi à frente; a candidatura foi barrada devido a ser ele o proprietário de uma concessionária de TV.
Daí em diante, Silvio Santos se dedicou a consolidar e expandir o SBT, o que fez com sucesso. Nos anos 2000, porém, voltou a se aventurar em novas áreas. E acertou de novo: em 2006 lançou a Jequiti Cosméticos e, em 2007, abriu as portas do Sofitel Jequitimar Guarujá, um luxuoso hotel no litoral paulistano.
Tempos de crise
Depois de décadas e décadas de céu de brigadeiro, porém, as nuvens agourentas se acumularam. No começo da década de 2010, o Grupo Silvio Santos passou por maus bocados: foi descoberto um rombo de R$ 4,3 bilhões no Banco PanAmericano, o que levou o empresário a cogitar vender todo o seu império e ir morar nos Estados Unidos.
O projeto acabou não vingando. Silvio empenhou várias de suas empresas, quitou a dívida e apostou todas as suas fichas na Jequiti. Mais uma vez o faro se provou certeiro: a marca vem crescendo cerca de 20% ao ano, o dobro da taxa registrada pelo setor de cosméticos.
Passados quatro anos da crise, o Grupo continua firme, com ótimas perspectivas. E embora Silvio Santos já acumule 84 anos dessa história espetacular, continua ativo não apenas na gestão dos negócios, mas também na apresentação de seus programas. Ou seja, tudo indica que o Brasil ainda poderá curtir, por um bom tempo, este inigualável exemplo de carisma e empreendedorismo.

Fonte: ENDEAVOR BRASIL

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6 coisas que pessoas bem sucedidas fazem diferente

Muito se fala sobre as diferenças entre pessoas bem sucedidas (geralmente na vida profissional) e as “outras” que ainda não chegaram lá. Nos focamos geralmente na avaliação da vida profissional, pois medir sucesso integral, na vida como um todo, é muito difícil e depende do ponto de vista do observador. É importante frisar que quando mencionamos essas “pessoas bem sucedidas” não estamos sugerindo que acreditamos que elas sejam perfeitas, apenas que conquistaram um nível notável de êxito profissional.

Quando penso em pessoas bem sucedidas, penso tanto em pessoas que atingiram altíssimo sucesso em suas profissões como Oprah Winfrey, Angelina Jolie, Steve Jobs e Bill Gates até pessoas que o grande público nunca ouviu falar, mas que notavelmente atingiram o ápice de suas carreiras, como meu médico pessoal e meu advogado, que não são pessoas famosas, mas são muito bem sucedidas. Acredito ser importante evidenciar essa diferença, pois quando lemos artigos como este, podemos ser levados a crer que o autor está afirmando que “ser bem sucedido” é ser o novo Steve Jobs, mas essa não é a minha intenção.

Lembrando também que não estamos falando em felicidade ! Muitas pessoas lêem artigos como este e respondem com comentários do tipo:“mas tem muita gente de sucesso que é infeliz”, “dinheiro não traz felicidade” ou coisas do tipo. Felicidade é outra história, outro departamento e não depende de nada que possa ser conquistado externamente. Aqui estamos falando de equilíbrio de um outro tipo, aquele que torna sua vida mais confortável do ponto de vista material e que lhe dá aquela sensação de dever cumprido. Se há outras coisas em sua vida que lhe causam infelicidade, é preciso estar ciente de que isso não está relacionado ao sucesso financeiro e profissional, mas ao mesmo tempo, o fato de que não conseguimos alcançar a bendita felicidade perseguindo dinheiro e sucesso não exclui essas metas como válidas e importantes. Eu não sei você, mas eu, particularmente, prefiro ser infeliz em uma mansão com três carros na garagem do que devendo aluguel, lutando centavo por centavo para por comida na mesa e pagar a escola das crianças…

O fato é que existem diferenças marcantes entre o comportamento de pessoas que “dão certo” na vida e aquelas que permanecem em subnível, muitas vezes, sem saber o que estão fazendo errado. Aqui marco seis dessas diferenças:

1. Elas fazem o que precisa ser feito

Pessoas que não atingiram o sucesso têm um padrão de comportamento reclamão e postergador. Elas sabem o que precisa ser feito em cada fase de suas vidas, mas elas fazem manha, reclamam, preferem fazer “outras coisas” e no final das contas, a produtividade fica lá em baixo. É como o estudante que sabe que precisa estudar para a prova do dia seguinte, mas ele prefere dizer que odeia a matéria e fica no Facebook o dia inteiro ao invés de rever o conteúdo da prova. Quando a nota baixa vem, ele não assume a culpa e diz para os pais que o professor “não deu na aula o que caiu na prova”. Esse aluno cresce para se tornar o adulto a que estamos nos referindo aqui!

Como escritora eu encontro com frequência aspirantes a autores que me relatam que encontram muita dificuldade para escrever pois dificilmente estão inspirados ou motivados. Isso é uma compreensão incorreta da produtividade do escritor, que pode ser ampliada para diversas outras profissões. Quando estou escrevendo um livro eu simplesmente sento e escrevo, não fico esperando motivação, muito menos a tão elusiva inspiração, que é mais mito do que realidade.

Pessoas bem sucedidas possuem uma certa frieza nesse sentido, elas simplesmente fazem o que precisa ser feito, quer elas estejam com vontade ou não, quer estejam motivadas ou não. Essa disciplina é que faz com que o trabalho seja feito no tempo correto e nessa, esse grupo passa na frente dos que estão pacientemente esperando uma motivação que nunca aparece.

2. Elas tomam a iniciativa

Um problema comum entre as pessoas que demoram muito para crescer na vida é que elas esperam mais do que agem. Muitas vezes isso é herança negativa do sistema escolar, mas com o nível de informação que temos hoje em dia, não é difícil descobrir que esperar não é a solução, agir sim.

Pessoas bem sucedidas estão sempre caminhando em direção ao que elas querem, mesmo que isso não esteja muito claro para elas. É um mito achar que todas as pessoas bem sucedidas definem metas e objetivos límpidos com a água, muitas delas não fazem isso, mas têm uma ideia do que querem e vão andando.

Definir metas, é claro, é muito bom e potencializa enormemente as chances de sucesso, abrindo uma vantagem competitiva absurda com relação a todos os outros que vivem a vida sem eira nem beira.

Steve Jobs, por exemplo, não era o tipo de cara que se organizava, definia metas e planejava, pelo contrário, ele era totalmente caótico e desorganizado. Contudo, Jobs estava sempre “se movimentando”, agindo, socializando com as pessoas certas, fazendo contatos chave e indo em direção a um objetivo que ele tinha vagamente na cabeça. Funcionou!

Bill Gates, por outro lado, é um cara organizado e conhecido por planejar bastante. Também deu certo.

A palavra-chave aqui é iniciativa, proatividade. Simplesmente faça as coisas e caminhe em direção a algo que lhe traga mais estabilidade profissional e financeira.

3. Elas possuem um equilíbrio entre sonhar e manter os pés no chão.

Sonhadores crônicos terminam na sarjeta, não raro deprimidos por nada terem alcançado na vida e, em alguns casos, até mesmo alcóolatras. Sonhos são bons para nos indicar o que nos motiva, o que temos vontade de fazer na vida, mas só sonhar não nos leva a lugar algum.

Por outro lado, a pessoa muito pés no chão acaba em funções seguras, porém medíocres, geralmente trabalhando como empregada para as altamente bem sucedidas. Há sucesso nessas funções também e há quem queira só isso da vida, tudo bem.

Para quem quer mais, é preciso aprender a soltar as rédeas, dando vazão aos sonhos, assumindo riscos, mas sem perder perspectiva da “vida real”. Isso significa evitar atitudes impulsivas e irresponsáveis em nome da frustração com a situação atual e da vontade de seguir um sonho. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, diz o ditado.

O ideal é adquirir mais perspectiva de longo prazo, tentando formar uma imagem de como será a sua vida nos próximos 20 ou 30 anos. Para isso, existem algumas técnicas de jogos de cenários em que você avalia pessoas que seguiram o caminho que você está seguindo e são 20 a 30 anos mais velhas. O que aconteceu com elas? Elas são bem sucedidas como você quer ser? Nessa área em que você está inserido, existem mais histórias de sucesso ou de fracasso? E ainda, mais histórias de sucesso ou de pessoas que estacionam na mediocridade?

Uma dica importantíssima é evitar tomar como exemplo casos únicos e especiais de pessoas que por um lance de sorte e oportunidade, deram certo. Se tem mais gente se dando mal em sua área do que gente se dando bem, cuidado, você não tem garantia nenhuma de que será um “sortudo”, sorteado pela vida para dar certo em um meio instável. Dois exemplos clássicos, um de possibilidade de sucesso e outro de risco de fracasso é a medicina como carreira escolhida que quase que certamente – contanto que a pessoa “não estrague tudo” – leva ao sucesso e por outro lado, as carreiras artísticas, como ator, músico e pintor que dependem de sorte e feedback positivo do público e não do talento e do esforço pessoal – há muito mais artistas fracassados do que bem sucedidos, ao passo que há muito mais médicos bem sucedidos do que médicos fracassados. É claro que você não precisa escolher a medicina para dar certo na vida! Esse é só um exemplo de um cenário cuja prospecção de futuro é bem fácil. Quanto à carreiras artísticas, só recomendaria uma “tentativa” para pessoas extremamente jovens. Em uma análise de cenários, é possível ver que mais de 90% das pessoas bem sucedidas nas artes começaram muito cedo.

Empreendedorismo, apesar dos mitos, também é uma área que oferece mais oportunidades de sucesso do que de fracasso. Empresários fracassados geralmente são pessoas que não buscaram conhecimento sobre como administrar apropriadamente seus negócios ou não tinham perfil empreendedor (proativo, arrojado, ousado). Essa também é uma das melhores alternativas para quem está acordando para a vida tarde demais para começar tudo de novo em uma nova carreira convencional.

Ao estudar cenários, é recomendado também, investigar como exatamente pessoas que se tornaram bem sucedidas em sua área chegaram lá, qual o caminho que elas trilharam. Mais uma vez, em um mundo repleto de informações, em que as pessoas publicam autobiografias como nunca, é fácil obter esse tipo de informação – se você for atrás!

4. Elas se focam em permanecerem produtivas e não ocupadas

Esse assunto já rendeu diversos artigos por aqui e no site Sonhos Estratégicos. Existe uma diferença, muitas vezes sutil, entre estar sendo produtivo e simplesmente estar ocupado.

Saber distinguir essa diferença exige além de reflexão e discernimento, um senso claro de propósito, ou seja, uma noção de qual o significado e o fim da atividade que você está fazendo em relação ao que você pretende alcançar.

Compreender essa relação é fundamental, pois muitas atividades que mantêm as pessoas ocupadas parecem ser importantes, elas não são passatempo, nem diversão. Por esse motivo, muitas pessoas podem se sentir confusas, achando que estão realmente fazendo coisas importantes, quando estão na verdade, se dispersando, fazendo coisas que parecem ser relevantes, mas não as estão levando para onde elas querem ir. Muitas vezes, achamos que atividades irrelevantes são apenas aquelas que são inúteis para todos, como email, Facebook, Twitter, Instagram, televisão, etc. Mas o buraco é mais embaixo! Qualquer atividade que não o leve diretamente ou indiretamente ao seu objetivo final é dispersiva (em seu caso particular). É por isso que discernimento e reflexão são tão importantes: só você é capaz de saber o que é realmente importante em termos de atividades e o que é perda de tempo, pois a mesma atividade pode ser importante para uma pessoa e irrelevante para outra.

É aí que entra o propósito, o saber para onde você está indo. Se você não sabe, tudo quanto é atividade que “parece ser importante” consumirá seu tempo e no final das contas, você ficará como Alice no País das Maravilhas, sem chegar a lugar algum.

Pessoas bem sucedidas têm esse senso de propósito muito bem refinado, mesmo que, como mencionei antes, elas não tenham metas claramente definidas. Elas têm uma visão e esse “senso” separa o joio do trigo, as indicando que atividades são relevantes para alcançarem o que querem o que “não tem nada a ver” com o caminho escolhido.

E, especialmente, pessoas bem sucedidas SÓ FAZEM essas atividades realmente importantes e se negam a todo custo a desperdiçar tempo – em horário produtivo – com atividades irrelevantes.

5. Elas se dão o trabalho

Se dar o trabalho, por falta de outra expressão, é a capacidade de correr atrás, seja de informação, pessoas, oportunidades e como não poderia deixar de ser, de produtividade.

Muita gente fracassada – ou que ainda “não chegou lá” – hesita demais, pergunta demais e posterga demais. Falta ação, falta proatividade, falta iniciativa para ser mais independente e seguir em frente sem esperar (ou pedir) ajuda, informação ou circunstâncias favoráveis.

Como falei em outro ponto, pessoas bem sucedidas vão seguindo em frente, aos trancos e barrancos, não esperam aprovação de ninguém, não esperam ajuda, não esperam a vida estar perfeita, simplesmente vão fazendo – elas se dão o trabalho de correr atrás do que precisam, seja informação, contatos, dinheiro, ou o que quer que seja.

Uma diferença chave – anote isso se é o seu problema! – é que pessoas que falham nesse quesito travam no “como”, elas querem as coisas, mas não sabem como conseguir, como fazer. Se uma das reações ao ser este item foi: ok, eu sei disso, mas eu não sei o que fazer para seguir em frente”, você se enquadra aqui. A minha dica: se dê o trabalho! Corra atrás de informação – e de preferência de forma independente, sem sair perguntando para os outros (essa dependência demonstra hesitação e falta de proatividade) e principalmente, não espere ter uma receita de bolo em mãos antes de começar a agir – simplesmente comece a andar, tateando no escuro se for o caso.

Essa dependência de instruções claras, do tipo “receita de bolo” pode colocá-lo permanentemente em uma condição de mediocridade, quando a realidade é que ao estudar casos de sucesso, você poderá ver que nenhuma dessas pessoas teve acesso a instruções detalhadas de como chegar onde chegaram, elas simplesmente foram indo.

6. Elas se relacionam com as pessoas certas

Você já ouviu (ou deu) aquela desculpa de que para ser bem sucedido em uma determinada área é preciso “conhecer gente”? Essa frase é jogada como uma justificativa para o fracasso pessoal, como se o interlocutor quisesse dizer: nesse ramo as coisas não são justas, nem eu nem você poderíamos dar certo porque não conhecemos ninguém “influente”.

A realidade é que para dar certo na maioria das carreiras é preciso conhecer gente! A questão é que não há nada de errado com isso (nem injusto). Você contrataria uma babá ou uma empregada doméstica que não viesse bem recomendada por alguém que você conhece e confia? Pois é, agora, você já ouviu empregadas reclamando que não podem se dar bem nesse ramo, porque para serem contratadas como domésticas, elas precisam conhecer gente?!

Mas precisam!

Como a empregada doméstica passa a “conhecer gente” a ponto de conseguir mais trabalho no futuro? Trabalhando como empregada doméstica! O começo de qualquer carreira é difícil, o primeiro emprego carece do mais importante item para o crescimento profissional, os contatos, que se tornam referências profissionais no futuro.

Qualquer carreira funciona da mesma forma, pois nós como seres humanos damos mais valor e importância para aqueles que conhecem quem nós conhecemos e confiamos e foram recomendados por eles.

Agora, o pulo do gato é que você não conhece essas pessoas chave do nada, sentado na frente do seu computador postando fotos no Facebook ou fechado no escritório em que você trabalha. Dependendo do que exatamente você quer alcançar, você precisa começar a caminhar, se expor ao meio em que você quer se inserir, aí sim, você começa a “conhecer gente”!

Uma das características mais marcantes de pessoas bem sucedidas é a valorização que elas dão ao networking, os relacionamentos com as pessoas do ramo, que vão evidentemente se construindo aos poucos. Esse grupo de relacionamento é construído organicamente. Um vai apresentando contatos aos outros e assim por diante.

Da mesma forma, é observável também que os grupos de relacionamento das pessoas bem sucedidas incluem as positivas, otimistas e igualmente bem sucedidas e excluem os reclamões, pessimistas e fracassados. Isso não é discriminação, é seletividade natural. Pessoas pessimistas e fracassadas gostam de conversar sobre os problemas do mundo, do governo, da economia e falar mal dos outros. Pessoas bem sucedidas gostam de conversar sobre sua área de atuação, estratégias de negócios, novidades em seu ramo, hobbies, livros, cultura e planos para o futuro. É apenas natural que ambos os grupos acabem se separando por uma antipatia orgânica, eles não têm o que conversar entre si.

Se você se vê fazendo parte de um grupo de fracassados, tendo os mesmos padrões de comunicação, procure se distanciar, formando um novo grupo. Onde encontrar esse novo grupo? Isso depende muito de sua área de atuação, mas a escola é sempre um bom começo se você não sabe por onde começar a procurar. Se você não tem curso superior, faça um, se já tem, procure uma pós, um mestrado, um doutorado,MBA. Há pessimistas no mundo acadêmico? É claro! Mas esse é um meio em que você é exposto a centenas de pessoas regularmente e pode ter mais chances de fazer amizades com pessoas de cabeça aberta que queiram subir na vida. Frequentar eventos em sua área também é uma boa opção.

O melhor de tudo, entretanto, é começar a caminhar em direção a sua meta de sucesso. Você se transformará em um chamariz de pessoas interessadas no que você faz e esses contatos podem ser preciosos.

Quando eu publiquei meu primeiro livro, imediatamente as pessoas começaram a me procurar para dar entrevista, publicar artigos em revistas, jornais, dar palestras, queriam meus serviços como coach (que na época eu não tinha nem pensado em prestar). Eu não era ninguém e não conhecia ninguém, publiquei meu livro sozinha, sem ajuda, sem editora, com meus próprios recursos limitados. Eu comecei a andar – sem qualquer contato – e ao me mostrar ao mundo, aquelas pessoas-chave que eu tanto procurava “me acharam”!

Como diz Mark Twain, “o segredo do progresso é começar”. É só quando você dá os primeiros passos que o caminho torna-se mais claro a sua frente e as pessoas que podem ajudá-lo a progredir aparecem.

Na próxima semana, vamos falar sobre outras características que definem o comportamento das pessoas bem sucedidas como predisposição para assumir riscos e habilidade para lidar com pressões. Se você tem alguma sugestão para ampliarmos este tema na segunda parte do artigo, deixe seu comentário abaixo!

Por que assumir riscos e dar saltos no escuro é tão importante?

Qual a qualidade mais importante para o sucesso? Muitas pessoas sugerem autoestima sadia, foco, persistência ou até mesmo auto-organização. A surpresa é que muitas pessoas altamente bem sucedidas não têm nada disso, a única diferença que elas apresentam é uma predisposição para assumir riscos e dar passos no escuro.

Dentre todos os componentes de uma vida de sucesso, a capacidade de suspender a descrença e dar pulos no escuro é a mais importante. Muito se fala em autoestima, determinação, persistência, foco, autoconfiança, entre outros atributos de pessoas bem sucedidas. Todos esses elementos têm a sua importância, alguns mais do que outros, porém, existe um elemento que é responsável pela abertura das portas, item que é invariavelmente indispensável por qualquer mudança: a capacidade de dar passos (ou pulos!) no escuro, sem saber o que vai acontecer, sem ter perspectiva do que o futuro ou aquela oportunidade vai trazer, simplesmente confiar e ir.

Assumir riscos

Eu achei importante escrever sobre isso, pois na minha área de planejamento, muita gente fica engessada na ideia de que você deve ter perspectiva clara do que o futuro reserva e planejar muito bem como vai chegar onde você quer. Isso é bom e funciona em certas circunstâncias. Por exemplo, se eu quero escrever um novo livro, ajuda muito planejar, definir exatamente o que eu quero abordar, pesquisar o que existe para falar sobre aquele assunto, montar um esqueleto do livro e então começar a escrever, preenchendo os capítulos já pensados e planejados. Esse processo torna o autorado mais fácil e mais rápido.

Entretanto, nem tudo na vida é como escrever um livro. Há situações que podemos imaginar inúmeros desfechos, otimistas e pessimistas, mas nada que possamos fazer no presente realmente pode nos ajudar a prever – e mesmo planejar – como as coisas realmente se desenrolão uma vez que comecemos a caminhar. Para esses casos, a solução é deixar o medo de lado e se arriscar mesmo, no escuro, sem planejamento, deixando as coisas acontecerem. Vale traçar cenários? É claro! E nós fazemos isso automaticamente. Sonhamos acordado com os possíveis desfechos, tanto os bons quanto os ruins e nesse processo vamos estudando as peculiaridades daquela oportunidade que vislumbramos. Analisamos o que precisaremos abrir mão caso tomemos uma decisão de seguir em frente, colocamos essas percepções em uma balança mental que avalia os valores que damos às coisas em nossa vida e aquilo que queremos para o futuro. Pensamos no que podemos ganhar ou perder e nossa decisão de tocar o barco geralmente ocorre quando botamos fé na ideia de que temos mais a ganhar do que a perder seguindo em frente.

Algumas pessoas, contudo, têm muita dificuldade para tomar essa decisão de seguir em frente mesmo que vislumbrem muitos benefícios em diversas oportunidades que encontram pela frente e pouco a ser deixado para trás. O medo de se arriscar – mesmo que o risco seja mínimo, os possíveis ganhos muito grandes e as possíveis perdas mínimas – ainda as controla a ponto de as manter em um nível muito inferior ao que poderiam conquistar na vida.

Um dos problemas centrais desse tipo de personalidade é a necessidade de controle. Pessoas que precisam controlar os mínimos detalhes de cada situação, de cada pessoa ao seu redor, de cada possiblidade futura, acabam amargando uma vida de fracassos, pois o sucesso exige largar uma corda sem medo, mas também sem garantia de que conseguiremos alcançar a outra. Podemos levar um tombo, podemos perder muito, mas também podemos ganhar muito.

Uma solução para esse tipo de insegurança é desdramatizar os tombos, as perdas. Uma das características que observo em pessoas bem sucedidas é que elas caíram diversas vezes – e continuam caindo de vez em quando – mas elas não dão a mínima, simplesmente se levantam de novo e seguem em frente. Essa postura de não ligar para a possiblidade de cair, de perder, de fracassar, é que lhes dá a autoconfiança para dar esses pulos no escuro, ao passo que a pessoa que acaba fracassando, perde por ter tanto medo das possíveis quedas. Ela faz uma tempestade em copo d’água com o mero risco de que as coisas possam eventualmente dar errado e nessa, ela se recusa a dar qualquer passo no escuro.

Essa perspectiva, todavia, é uma ilusão. A vida é um salto no escuro por si só. Qualquer um de nós pode tombar morto amanhã, sem qualquer aviso prévio, quer tomemos precauções, quer não. Tudo pode acontecer a qualquer pessoa. Esses dias mesmo eu estava conversando com uma pessoa cuja filha de 28 anos está morrendo de câncer no pulmão sem nunca ter colocado um cigarro na boca. Pessimismos à parte, meu objetivo aqui não é adotar um tom catastrófico, mas simplesmente abrir os olhos dos meus leitores para o fato de que zelo demais para com a própria vida só nos furta de viver experiências extremamente gratificantes que jamais viveríamos se continuássemos nos escondendo em nossos casulos falsamente protegidos dos males do mundo.

A vida é tempo e muito do que nos acontece ou que fazemos acontecer é uma questão de timing, ou seja, estar na hora certa no local certo em contato com as pessoas certas. Se esperamos muito, se ponderamos demais, se temos medo de nos arriscar, perdemos muitas dessas oportunidades que são levadas pelo tempo. Quando finalmente estamos prontos, já é hora errada e as pessoas que poderiam nos ajudar já não estão mais lá, já seguiram em frente, enquanto ficamos para trás comendo poeira.

Não dá pra aproveitar tudo na vida, ou sempre estar em todos os lugares ao mesmo tempo para poder aproveitar todas as oportunidades que em tese estariam disponíveis para nós, mas quanto mais nos escondemos da vida, mais acabamos nos dessincronizando desse “timing” perfeito que nos levaria a encontrar justamente o que estamos procurando ou o que seria ideal para nós.

A ideia de assumir riscos calculados também é ilusória… Ao assumir um risco, ao tomar uma decisão no escuro, correr atrás de uma oportunidade qualquer, nós temos que assumir a responsabilidade por eventuais perdas. Tudo pode dar certo e nos catapultar para novas fases e patamares na vida, assim como tudo pode dar errado e nos colocar de volta no ponto zero. Há muito tempo eu decidi que posso voltar ao ponto zero quantas vezes forem, mas vou sempre fazer o que eu quiser. Minha vida tem sido uma sequência de saltos no escuro, algumas empreitadas deram muito certo, outras deram muito errado e eu me vi algumas vezes de volta naquele fatídico ponto inicial, me senti andando em círculos várias vezes, mas por sempre estar em movimento eu sempre consegui sair de qualquer buraco que eu tenha me enfiado e é isso o que recomendo aos meus leitores: a vida é um jogo, às vezes você perde, às vezes você ganha, o truque é nunca parar de jogar! Nunca pare de se mover, nunca desista de acertar.

FILOSOFIA DE VIDA EMPREENDEDORA

Não há filosofia empresarial que resista sem resultados (lucros) e, ao mesmo tempo, não há empresa que resista sem uma filosofia de trabalho, em geral muito bem fundamentada em sua visão, missão e valores claros para a sociedade e para os seus empregados. Esse é um dos motivos pelo qual eu acredito piamente na importância das diretrizes estratégicas, algo que, infelizmente, uma boa parte das empresas e dos empresários não entende ou, quando entende, não leva tão a sério quanto deveria.

De acordo com Ken Blanchard, autor de Liderança de Alto Nível, “lucro é o aplauso que você recebe por cuidar bem de seus clientes e por criar um ambiente motivador para o seu pessoal.” Peter Drucker, um dos maiores pensadores da administração, compartilhava da mesma filosofia, expressa de maneira diferente, porém com a mesma essência: “lucro é o subproduto das coisas bem feitas”. Em síntese, cuidar bem dos seus clientes, fazer as coisas bem feitas e criar um ambiente motivador para os seus colaboradores são reflexos de uma filosofia de vida empreendedora.

Uma das perguntas que costumo fazer com freqüência nos meus cursos de planejamento estratégico ou de desenvolvimento gerencial diz respeito à visão, à missão e aos valores da empresa. Acredite: menos de 10% dos participantes sabe do que se trata. Muitos já ouviram falar, outros nunca ouviram falar e boa parte me olha com desdém afirmando que isso é bobagem, como me disse certa vez o empregado de uma corporação multinacional: “desculpe, professor, mas esse negócio de visão e missão é uma grande babaquice, o que importa mesmo é o resultado final”. Eu estava inspirado naquele dia e a resposta foi simples e direta: “realmente, no seu caso não importa mesmo, afinal você está há mais de 25 anos na função esperando a aposentadoria chegar. Duvido que o seu patrão compartilhe da mesma idéia considerando que ele criou um império ao redor do mundo.”

Eu poderia ter sido menos rude e mais efetivo, pois tudo depende de o que ele entende por visão e missão. Lamentavelmente, a maioria das pessoas pensa exatamente igual a ele, pois muitos ainda continuam trabalhando naquela empresa apenas para sobreviver, outros para pagar as contas e outros porque não encontram coisa melhor. E como eu sempre repito, não há nada pior do que trabalhar para uma empresa onde o sentido de realização e o de contribuição são nulos.

Tudo começa com uma visão. A máxima do planejamento estratégico continua muito atual: se você não sabe para onde vai, qualquer lugar serve. E mais, se o seu pessoal não sabe para onde vai, sua liderança não fará a menor diferença, portanto, pensar estrategicamente significa criar um propósito significativo para o seu negócio. Líderes como Silvio Santos, Rolim Amaro, Sam Walton, Maurício Klabin e Jack Welch sabiam exatamente onde queriam chegar quando ao tomar a sábia decisão de se tornar uma referência em seu mercado de atuação e de criar valor para o seu negócio.

Quando eu circulo pelas empresas, geralmente, procuro localizar aqueles quadrinhos pendurados com a missão, a visão e os valores da organização. Se você prestar atenção, mais de 90% das pessoas que trabalham na organização não sabe para que serve, não sabe quem criou e não sabe como aquele conteúdo ali expresso pode fazer a diferença entre as empresas que admiramos, e sempre recomendamos aos amigos, e as empresas que odiamos e, pela mesma razão, não recomendamos nem para os inimigos.

Uma filosofia de vida empreendedora pode existir em qualquer parte da organização. Você não precisa esperar nem depender de uma visão organizacional para começar a praticá-la na área ou no setor onde trabalha, afinal, princípios, valores e virtudes valem tanto para sua vida pessoal quanto profissional. Ter uma filosofia de vida empreendedora significa ter um norte para as suas ações, uma noção mais clara do futuro, um propósito de vida.

Um negócio bem-sucedido não depende apenas de estratégia, máquinas, equipamentos ou capital de giro. Tudo isso é importante, mas o propósito de uma organização vai além dos lucros e o que projeta uma empresa para frente não são apenas os lucros, mas os princípios e os valores baseados numa filosofia de vida empreendedora.

Qualquer ser mediano pode criar uma empresa e ter sucesso por algum tempo, porém nenhum deles consegue sustentá-la sem uma missão e uma visão que realmente funcione. Lembre-se de que uma visão e uma missão independem da sua posição na empresa, portanto, não espere que o planejamento estratégico resolva aquilo que não está na essência do seu negócio.

Na primeira metade do século passado, empresas como 3M, Johnson & Johnson, Ford, Sony, Honda e tantas outras não sabiam o que era planejamento estratégico, entretanto, seus idealizadores tinham muito claro em mente aquilo que desejavam para o futuro. Portanto, pense diferente, tome a iniciativa e crie valor para sua empresa.

Para encerrar a lição, quero compartilhar aqui os 3 elementos-chave de uma visão arrebatadora, definidos por Jesse Stoner e Drea Zigarmi, pesquisadores do assunto. Isso contempla boa parte da filosofia de vida empreendedora defendida no novo livro, Manual do Empreendedor de Jerônimo Mendes. Se você conseguir definir claramente a resposta, sua vida e seu empreendimento têm boas chances de prosperar.

 

Propósito significativo: qual é o seu negócio?

Uma imagem clara do futuro: como será seu futuro, no caso de ser bem-sucedido?

Valores claros: o que guia seu comportamento e suas decisões diariamente?

A MAIS PURA REALIDADE

A mais pura realidade - Jerônimo Mendes

A realidade é o que ela é e não o que você gostaria que fosse, dizia o meu instrutor de Coaching. Ouvi isso repetidas vezes para nunca mais esquecer, razão pela qual eu transfiro essa máxima com a mesma facilidade para as pessoas ao meu redor. Acredito piamente nisso.

Eu queria tanto que os meus filhos me ouvissem mais, a minha mãe fosse menos teimosa, a minha esposa concordasse mais comigo, as pessoas fossem mais solidárias, os políticos menos corruptos e o chefe mais compreensivo. Porém, a realidade é o que ela é e não o que eu gostaria que fosse.

São as expectativas irreais do ser humano. Queremos o tempo todo que as pessoas pensem exatamente como nós, afinal, discutir e fazê-las mudar de ideia dá muito trabalho. Não raro, somos convencidos por elas e entramos em conflito, pois isso contraria a nossa frágil convicção.

Quando não há concordância, a maioria parte para o conflito, revida ou despeja palavrões para aliviar a frustração de ser contrariado. A minoria recolhe-se, estrategicamente, e sabe que conflito é sinônimo de dor, estresse e desperdício de energia.

O ser humano, em geral, é frágil. Uma simples confrontação é suficiente para tirá-lo do sério e fazer com que cometa bobagens. Alguns elevam o tom da conversa, outros tomam medidas extremas, das quais poderão se arrepender para o resto da vida, mas isso não conta no calor da emoção.

Essa pura realidade define toda condição humana. Alguns aceitam as regras do jogo e se submetem. Outros preferem pagar para ver. Isso é bom ou ruim? Depende da quantidade de energia que a pessoa quer dispensar. A questão é bem simples: vale a pena?

Grandes quantidades de energia são perdidas com pequenas quantidades de bobagens. Isso é determinado pelo nível de amadurecimento da pessoa. Quanto mais sábio, menos imbecil. Parece óbvio, mas não é. Se assim fosse, os índices de violência e o de criminalidade estariam no subsolo e os conflitos tenderiam a zero.

Alguém me disse que o conflito é saudável, pois auxilia no processo de evolução e crescimento, entretanto, a impressão que se dá é a de que quanto mais o ser humano evolui, menos racional se torna, e não é por falta de informação. É o lado obscuro de cada um, o qual eu não faço questão de conhecer.

Infelizmente, a indignação diante dos fatos não é suficiente para mudar o estado mental das pessoas. Embora nos rebelemos contra tudo isso, a rebeldia se volta contra nós mesmo por meio do estresse e de outras doenças convencionais.

Toda convicção funciona até determinado limite. Embora você possa sustentá-la com todas as suas forças, por respeito, talvez o seu interlocutor se cale e o deixe falar, mas, em geral, não é o que acontece. Sustentar uma posição num mundo de valores equivocados, por vezes, é perigoso.

Existem certas coisas para as quais o embate não vale o esforço, pois, além de sugar energia ainda cria uma animosidade difícil de ser eliminada. Assim, é melhor ignorá-las e seguir vivo. Isso não diminui a sua reputação muito menos o seu caráter.

Por tudo isso, pare de sofrer e desperdiçar energia. Quem sofre antes do necessário sofre mais do que necessário. Quem desperdiça energia em coisas que não acrescentam nada ao seu desenvolvimento pessoal e profissional, irrita-se com frequência e se desgasta sem necessidade.

Assim sendo, discuta menos e aproveite melhor a vida. Sustente suas convicções até onde valha a pena. O mundo é muito complexo e as pessoas são mais ainda. Concentrar energia para mudar o ponto de vista alheio é bem mais difícil do que recolher o seu temporariamente, afinal, você não precisa mudá-lo.

O tempo é cruel e o mundo não vai esperar você convencer as pessoas do seu ponto de vista nem mudar a sua própria intransigência. Ele segue seu curso e privilegia aqueles que se melhor se adaptam às inconveniências sem se descuidar dos seus valores e princípios.

Pense nisso e seja feliz!

Motivação, trabalho e lazer

Como sentir-se motivado? Como encontrar a motivação? Como sentir aquele entusiasmo, aquela energia inesgotável que sabemos ser possível, sabemos estar ao nosso alcance, mas no dia-a-dia temos a impressão de que qualquer vislumbre de energia se esvai por entre nossos dedos?

A primeira coisa sobre motivação é compreender que a própria palavra envolve “motivo”. Vejo muita gente tentando se motivar no vazio, ou seja, tentando encontrar entusiasmo sem ter motivo algum para fazer o que faz. É possível que você jamais consiga encontrar motivação no que faz justamente porque o que você faz não tem sentido algum para você.

A solução nesses casos não é criar artimanhas para se auto-enganar e sentir pequenas ondas de motivação aqui e ali só para sobreviver fazendo o que não se quer fazer! Muito do que se vê sobre motivação na área de auto-ajuda parte desse princípio, ajuda o leitor a “inventar” uma motivação falsa, a criar pequenas ondas de estímulo tal qual um coelho numa pista de corrida correndo atrás de uma cenoura suspensa.

Se você não faz o que gosta ou nem sabe o que gostaria de fazer, não há motivação mesmo, não adianta teimar!
A condição ideal é a pessoa fazer o que gosta e se organizar e disciplinar para obter resultados dentro daquela atividade. Esses resultados positivos reforçam sua motivação e a estimulam a continuar no caminho que está trilhando.

Essa postura afeta diretamente as noções que a pessoa tem de lazer. O cidadão comum que vive para trabalhar e trabalha para viver sonha com os momentos de lazer como a salvação de seu sacrifício para dar conta da própria vida. No fundo, esse indivíduo desperdiça a vida completamente. Faz algo inútil profissionalmente, algo que não acrescenta nada além de dinheiro à sua vida e no tempo de sobra ele só quer saber de distrações e atividades que proporcionem descanso – atividades que também não acrescentam nada à sua vida. No final das contas, ele não consegue fazer nada realmente significativo. Sua vida passa e ele não fez nada além de sobreviver.

Uma das piores posturas da nossa sociedade é adotar uma visão clichê em cima de argumentos como o que acabei de lançar. “Ah, mas não é tão fácil!”, ou “Tem gente que não tem condições de fazer só o que gosta!”, ou ainda “Como é que eu vou pagar as contas se eu só fizer o que gosto?”.

Esses clichês são altamente destrutivos e paralisantes! São clichês porque são mentiras, em primeiro lugar! As pessoas repetem como papagaios essas frases e a postura que segue o raciocínio é fechada. A pessoa fala: “Ah, mas não é tão fácil”, e ponto final. Ela pára de pensar, pára de raciocinar em cima do assunto. O clichê fecha seu pensamento como uma idéia conclusiva. É assim e pronto… O que é que tem mais para discutir? Se você se pega fechando seus pensamentos com esses clichês, repetindo-os como um papagaio, sem pensar mais profundamente no assunto, talvez uma mudança de postura mental seja necessária!

Nessa altura do desenvolvimento da sociedade humana, já deveríamos ter história suficiente para que as pessoas não caíssem mais como patinhos nesses clichês, que, diga-se de passagem, são coisa de fracassado. Mas por que eu digo isso? Há histórias suficientes que mostram como pessoas saíram do zero absoluto e conseguiram superar qualquer tipo de dificuldade. Há todo tipo de história, em tudo quanto é canto do mundo, sobre todo tipo de gente! Eu parto do princípio de que se um ser humano que não tem nada de diferente conseguiu qualquer coisa, eu também posso fazer, conseguir, ter ou o que quer que seja. Se é humanamente possível, qualquer um pode. Desde que (e é aí que a maioria capenga) a pessoa interessada tenha direcionamento, disciplina e garra para chegar lá. E é aí que a coisa pega, não é mesmo? Repetir como um papagaio que não é tão fácil e cruzar os braços desacreditando idéias é infinitamente mais cômodo e fácil do que arregaçar as mangas e caminhar em direção ao que se quer. Daí pra adotar uma postura de reclamão repetindo indefinidamente clichês que todo mundo também repete é um passo.

A motivação real, aquela duradoura, aquela que não vai embora, aquela que não amarela frente a uma dificuldade, só está disponível para os corajosos e ousados que brigam pelo que querem e arriscam tudo se for necessário. É claro que essa é uma pequena parcela da sociedade, mas não há desculpa que amenize o fato de que o resto sucumbe à covardia e à acomodação. Como você vai defender esse tipo de postura? Não dá! Portanto, usar clichês para defender os covardes, pusilânimes e acomodados não funciona, essas frases feitas não explicam a realidade!

Se você se identifica com esse último grupo, não se sinta ofendido! Pegue essas minhas palavras e use-as como uma injeção de ânimo para começar uma mudança radical. O que é que você está esperando? Desperdiçar ainda mais vida?

10/5: um jeito fácil de conquistar clientes

Quantas vezes você já voltou a um estabelecimento (loja, restaurante, consultório médico) basicamente porque achou os atendentes muito simpáticos e atenciosos? Particularmente, considero esse um dos melhores diferenciais que uma empresa pode ter, e o legal é que não é preciso fazer nenhum investimento financeiro para sair na frente da concorrência, aumentando as chances de fidelizar a clientela.

O ser humano é tão carente de apoio social –sorrisos, abraços, cumprimentos— que, segundo um estudo feito em Harvard, a correlação entre a felicidade e o apoio social é de 0,71. Para se ter uma ideia de como as duas coisas estão ligadas, a correlação entre o tabagismo e o câncer é de 0,32. Resumindo, você pode fumar e não ter câncer, mas se viver sozinho ou for rodeada de pessoas difíceis, será infeliz.

Uma empresa americana do ramo da saúde chamada Ochsner Health System tem uma abordagem interessantíssima. Ela chama de “10/5 way”. Os números fazem referência a distância (que lá é medida em pés ou milhas, portanto em português seria algo como: “1,5/ 3 metros de distância”). Funciona assim: se um funcionário estiver a 3 metros de uma pessoa, ele deve fazer contato visual e sorrir. Se ele estiver a 1,5 metro, deve dizer oi.

São mais de 11.000 funcionários que entenderam a importância do apoio social para os pacientes e para uns com os outros. Desde a implementação do 10/5, a empresa detectou um aumento no número de visitas de pacientes, 5% mais probabilidade de um cliente recomendar a organização e uma considerável melhoria na avaliação dos médicos.

Se o apoio social é tão importante para a felicidade, é natural que isso impacte também os clientes. Relacionar-se com um vendedor, pagar uma conta ou pesquisar preços não deveriam ser atividades desgastantes. Mas, ao longo dos anos, as empresas o tornaram assim, forçando clientes a criarem uma barreira em sua volta. E quando uma empresa consegue romper essa barreira, ela conquista o cliente.

E da mesma forma que um filho desarma uma mãe com um sorriso depois de fazer algo errado, o sorriso também desarma clientes. O 10/5 é uma das pequenas coisas que todo profissional pode fazer para romper essa resistência natural do cliente. Mesmo que a sua empresa não faça, comece por conta própria. Quer você seja um vendedor ou programador, você verá que as pessoas sempre voltam aonde são bem-vindas, à você.

Vamos sorrir mais.

Marketing: Profissão Perigo

Você já ouviu falar em MacGyver certo? Ele foi o herói de uma série de TV nos anos 80, chamada Profissão Perigo, e se tornou famoso por escapar de situações difíceis utilizando apenas materiais de uso cotidiano. Resolvi colocar aqui 3 testes pra ver se assim como ele, você consegue ser mestre nas gambiarras e encontrar soluções fantásticas e inesperadas para situações de emergência. O que isso tem a ver com marketing? Tente encontrar uma solução para a terceira pergunta.

  1. Você tem que estancar um vazamento de ácido sulfúrico e, para a missão aparentemente impossível, dispõe apenas de uma barra de chocolate e uma lupa. Como você vai sair dessa?
  2. Você voltou no tempo e precisa construir uma máquina que te leve de volta à atualidade, mas você só tem uma guitarra quebrada, uma calculadora e um prego. O que você faria?
  3. Você trabalha no departamento de marketing de uma empresa e precisa realizar uma mega campanha para diversos perfis de públicos, mas você só tem em seu budget dez reais mais o dinheiro do “buzão”. Como sair dessa agora?

A característica de achar soluções inusitadas para diversas situações desfavoráveis não é apenas privilégio de personagens de TV. No marketing a gente se vê o tempo todo às voltas com contratempos que nos pegam de surpresa. E este é um dos pontos mais difíceis de se trabalhar na área, pois qualquer pessoa de fora se espantaria com os malabarismos que são feitos para superar esses obstáculos. E normalmente a equipe toda tem que se valer de muito improviso e disposição.

As respostas das duas primeiras questões você encontra assistindo a série. Mas quem escolheu a alternativa p para a terceira acertou. Por que p? P de parceria.

Parceria nada mais é que uma troca de objetivos comuns. Eu quero me divulgar para seu público e você quer se divulgar para o meu. Mas para que tudo funcione, é necessário que o parceiro se identifique com o seu negócio e que a parceria agregue resultados para cada um. Não adianta divulgar uma balada em um site voltado para o público da terceira idade. Você não vai ter resultados divulgando um evento de caça esportiva no site do Green Peace.

Em uma parceria é preciso fazer escolhas certas, e ser totalmente transparente, todas as partes precisam ganhar. Por isso, não é um processo tão simples, exige pesquisa, tempo, postura e atitude. Você precisa saber o quer e o que pode oferecer. E se tudo for feito em conjunto, com objetivos pré-determinados, todos ganham.

Infelizmente nem tudo é possível fazer só com parcerias e muitas vezes é necessário adequar as ideias ao budget. Mas é uma ótima oportunidade para usar a criatividade e buscar novas alternativas.

E cadê os dez reais e o dinheiro do “buzão”? Que tal um cafezinho para definir as estratégias com o novo parceiro?

Um beijo Stella Barcelo

O que é excelência pessoal?

Pesquisadores e autores que estudam o sucesso apontam as mais diversas características como sendo responsáveis pelo êxito na vida, como determinação, persistência, objetivos definidos, foco, auto-estima, pró-atividade, enfim, a lista é longa. Concordo com essas abordagens, no entanto, minhas pesquisas me levaram a acreditar que há um ponto de convergência entre praticamente todas as pessoas bem sucedidas nos mais diversos campos da vida: a postura íntima de excelência pessoal.

Excelência Pessoal

Ninguém é perfeito e muitas pessoas de sucesso não possuem todas as qualidades atribuídas ao seu êxito. Apesar de todos os esforços, não há ninguém que não esteja à mercê de recaídas pessoais. Quem é que consegue ser determinado o tempo todo? Persistente o tempo todo? Focado o tempo todo? Além disso, é muito difícil encontrar em uma só pessoa todas as características apontadas como responsáveis por seu sucesso, mas ao mesmo tempo, não é possível construir uma vida de êxitos com base em uma característica isolada.

Devo mencionar que quando me refiro a “sucesso” não estou falando apenas de sucesso profissional e muito menos de fama. Sucesso é ter êxito naquilo que cada um se propõe a fazer, seja o que for. Podemos falar em sucesso nos relacionamentos afetivos, ou seja, ser capaz de manter um relacionamento no longo prazo. Podemos falar em sucesso familiar, ou seja, manter a união e estabilidade da família. Podemos falar em sucesso na superação de dificuldades pessoais, como superar o medo de falar em público ou a insegurança social. E é claro que sucesso financeiro e profissional acabam compondo um quadro de uma vida completa e satisfatória, já que a falta de dinheiro e a frustração profissional afetam todos os demais setores da vida de uma pessoa.

A teoria que apresento neste site demonstra um tipo de personalidade que prioriza a excelência em tudo o que faz, em todas as áreas da vida. A pessoa que é verdadeiramente excelente não tem sucesso aparente em apenas uma área da vida, enquanto todas as outras se deterioram. A pessoa que age de acordo com os princípios da excelência busca o equilíbrio e a prosperidade em tudo na vida, em todas as áreas.

A postura de excelência pessoal é como se fosse um pano de fundo que mantém todas as outras características e atitudes da pessoa num nível otimizado de qualidade e é isso que no final das contas a salva de sua própria imperfeição e eventuais deslizes.

Em resumo, agir com excelência pessoal é ter a integridade íntima de sempre dar tudo de si em qualquer situação. Essa postura é como um banho de água fria, por exemplo, no potencial corrosivo do auto-engano, ou seja, a tendência da pessoa dar desculpas esfarrapadas para justificar seus erros e acreditar nessas mentiras, se auto-enganando e, conseqüentemente, dilacerando sua auto-estima.

A pessoa intimamente íntegra, que age com excelência, sabe que não é perfeita, mas não sofre com isso, não se sente ansiosa ou vergonhosa por não poder acertar o tempo todo. Esse desencano com a perfeição tira um peso enorme de suas costas. A pessoa se sente mais autorizada pela vida para fazer o que precisa ser feito sem entrar em neuras por medo de ser rejeitada, medo de decepcionar os outros e sem a ansiedade da expectativa emocional ligada aos resultados. Popularmente, essa pessoa é vista como aquela que não se importa com o que os outros pensam ou falam dela, é a pessoa que faz o que tem que ser feito de acordo com sua bússola interna, não de acordo com as expectativas alheias.

É importante frisar também que a excelência pessoal corta os efeitos das próprias expectativas com relação ao futuro. Quando a pessoa faz planos e tem esperanças para o futuro esperando que os resultados lhe tragam satisfação emocional – ou, popularmente, “felicidade” –, ela está criando uma armadilha para si mesma, alimentando uma situação em que a ansiedade e o medo são praticamente inevitáveis, já que sua felicidade supostamente está em jogo nos resultados daquela situação. A pessoa excelente não precisa buscar felicidade no futuro, ela já é feliz no presente.

Como se tornar uma pessoa mais eficaz

Sempre que eu penso na diferença entre eficiência e eficácia, costumo pensar em um colega de trabalho meu. Ele é um resumo do que se descreveria como “eficiente”. Sempre que tem um problema a ser resolvido, ele logo se prontifica a solucioná-lo. Ele usa de todas as suas faculdades físicas e mentais para resolver a situação. Muitos observadores chegariam a ponto de dizer que ele vai além do que é necessário fazer naquele momento.

Ele não pensa duas vezes para tomas todas as atitudes necessárias para resolver qualquer situação que apareça. Seus supervisores, contudo, não acham que ele está satisfazendo suas expectativas. Por quê? Porque eles acham que, apesar de ele ser eficiente, suas ações não são eficazes. Como uma pessoa assim pode ser ineficaz? Todo seu trabalho duro e todas as suas boas intenções não podem estar agindo contra ele, podem?

Como ser mais eficaz

Quando ouço a palavra “eficaz”, costumo pensar na palavra “afetar”. Encontrei diversas descrições para a palavra “afetar”. Algumas delas são: mexer, influenciar, mudar e chatear. Essas palavras descrevem bem pessoas que fazem mudanças acontecerem. Meu colega, por outro lado, é mestre em reagir às mais diversas situações de crise. Ele gosta quando uma situação assim aparece. É assim que ele recorre a todas as suas energias para resolver o problema o mais rapidamente possível.

Há vários problemas que podem ocorrer quando alguém resolve brilhar em situações restritivamente reativas. Trabalhar em uma situação puramente reativa faz com que você perca completamente a noção de suas outras responsabilidades ao se focar somente no foco do incêndio. Como consequência, suas responsabilidades básicas são colocadas em segundo plano e você acaba, essencialmente, criando um ambiente propício para que outro incêndio comece.

Aquele que só encontra conforto em resolver problemas imediatos não cria oportunidades para analisar e prognosticar. É analisando e prevendo que vamos em frente. Lutar contra o incêndio é como andar na água, enquanto analisar e prognosticar é nadar o mais rapidamente possível até a linha de chegada. Essas são as ações que o levam adiante. É a diferença entre ser uma pessoa eficiente e ser uma pessoa eficaz.

Então, como você muda essa consciência e se torna uma pessoa eficaz?

Encontre a raiz do problema

Sempre que meu colega resolve um problema crítico, tenho quase certeza de que ele não para para pensar na real causa do problema. É mais fácil resolver os problemas quando eles surgem do que reservar um tempo para chegar ao coração do problema e evitá-lo totalmente. Uma análise da causa inicial é a maneira mais fácil de descobrir a causa de qualquer problema que estejamos enfrentando. Só precisamos nos perguntar “por que” umas quatro ou cinco vezes até termos uma resposta final.
Por exemplo, digamos que todos os meses, antes do pagamento, parece que você está sem dinheiro e usa seu cartão de crédito para resolver as coisas. A análise da causa inicial pode ser algo mais ou menos assim:

Pergunta: “Por que estou usando meu cartão de crédito para pagar contas básicas?”

Resposta: “Porque meu dinheiro acaba antes da chegada do próximo pagamento.”

P: “Por que eu sempre fico sem dinheiro antes do próximo pagamento?”

R: “Porque minhas despesas somam mais que meu pagamento mensal.”

P: “Por que minhas despesas somam mais que meu pagamento mensal?”

R: “Porque não planejo meu orçamento antes de receber meu pagamento.”

P: “Por que não crio um orçamento mensal?”

R: “Porque não sei ao certo como criar um orçamento e me ater a ele.”

Esse é um exemplo simples de perguntar “por que” algumas vezes até encontrar uma resposta que solucione o problema. Solucionar o problema não é a mesma coisa que redirecionar o problema. Usar o cartão de crédito redireciona o problema (o problema vai continuar surgindo), criar um orçamento e se ater a ele resolve o problema.

A análise do problema inicial não apenas resolve o problema como também cria um ambiente passível de crescimento. Agora que a pessoa sabe que fazer um orçamento é uma solução para o seu problema, ela pode criar um orçamento, se ater a ele e usar seus novos hábitos para acumular dinheiro. Se ela continuasse redirecionando o problema com seu cartão de crédito, ela eventualmente se veria afundada em dívidas e financeiramente arruinada.

Uma vez que você se veja sem redirecionar o mesmo problema repetidamente, você pode rapidamente mudar para a próxima fase, o nível dois de pensamento. Uma vez que o problema foi resolvido, suas capacidades mentais não estão mais focadas em apagar incêndios e podem ser usadas em coisas completamente diferentes em seu benefício próprio. No exemplo acima, uma vez que você substituiu seus gastos altos por um orçamento que funcione, você poderia começar a pensar em oportunidades de guardar dinheiro para coisas maiores e melhores. É aqui que você passa de um solucionador de problemas eficiente para um gestor eficaz da sua vida.

Lembre-se: para ser eficaz, você não deve mais ficar feliz por ser um bom solucionador de problemas, mas valorizar mais ser uma pessoa que consegue identificar os problemas já existentes inicialmente e eliminá-los.

As definições básicas de eficiência e eficácia também devem sempre ser mantidas em mente ao avaliar se você deve fazer algo ou não, ou mesmo procurar pela raiz do problema ao invés de reagir simplesmente:

EFICIÊNCIA: Fazer bem as coisas ou fazer “bem feito”;

EFICÁCIA: Fazer as coisas certas.

Ao fazer as coisas certas, você afeta o ambiente em que está agindo, ao passo que ao se concentrar demais em fazer bem as coisas como meu amigo, você pode perder a perspectiva do que realmente precisa ser feito e perder tempo fazendo as coisas erradas. Você pode ser uma pessoa eficiente e eficaz ao mesmo tempo, o que é o ideal, mas ao perder o foco da eficácia, você corre o risco de desperdiçar tempo e esforços chovendo no molhado sem alcançar resultados práticos.

Artigo original retirado do site Excellence Studio

O SEGREDO É NÃO FICAR PARADO.

O livro e o filme “O Segredo” foi um grande sucesso e muitos dos meus leitores têm me perguntado o que penso sobre a teoria do filme, pois aparentemente ela é contrária à ideia de planejamento. Bom, caso você esteve escondido embaixo de uma pedra nos últimos tempos, eu vou dar uma rápida explanação do qual a teoria exposta em “O Segredo”! “Teu desejo é uma ordem” – responde o universo a cada pensamento seu. Sua vida é o resultado dos seus pensamentos, se você quiser obter prosperidade e riqueza por exemplo, você deve parar de pensar em dívidas e problemas financeiros e começar a pensar como se você já possuísse a riqueza que deseja conquistar. É a quintessência do título do famoso livro de Napoleon Hill, “Pense e Enriqueça”. O exemplo do dinheiro é só um na verdade. A teoria afirma que o que quer que seja que você deseje conquistar na vida, você deve pensar de forma positiva como se já tivesse obtido o que deseja e parar de se concentrar em tudo o que você não quer, pois ao se preocupar com tudo o que é indesejável em sua vida você só estará atraindo ainda mais do que não quer. Parece bobagem de auto-ajuda, não?! Pois é, mas o buraco é mais embaixo! Ao observar pessoas altamente bem sucedidas, seja nos esportes, nas artes, nos negócios ou em objetivos pessoais, uma característica se faz notar: ELAS IGNORAM O QUE NÃO QUEREM E SÓ SE CONCENTRAM NAQUILO QUE QUEREM! Qualquer similaridade com a teoria exposta em “O Segredo” não é mera coincidência! Trabalhando com pessoas por toda a minha carreira, eu vejo que aqueles que têm dificuldade para focar-se na vida ou para conquistar objetivos concentram-se demais justamente nos problemas que eles desejam eliminar. “Quando você se move em direção a um objetivo, o universo conspira a seu favor.” Não é mágica, é na verdade tudo uma questão de postura. Pessoas que se concentram no lado negativo de suas vidas, só vêem problemas enquanto outras veriam oportunidades. Elas não conseguem prosperar porque seus pensamentos estão tomados pelo pavor de seus problemas. Num exemplo bem claro: Digamos que pensar na cor vermelha seja algo negativo, portanto você não quer pensar na cor vermelha, mas ao invés de então substituir a cor e pensar em azul, por exemplo, você ficasse repetindo o tempo todo “não quero vermelho”, “não posso pensar na cor vermelha”, “vermelho não”, etc… Apesar de não querer pensar na cor vermelha, você não conseguiu parar de pensar, pois só conseguia se concentrar no problema “pensar na cor vermelha”, quando a atitude certa seria simplesmente substituir a cor. Quem tem muitas dívidas por exemplo, tende a ficar apovorado e pensar constantemente em seus problemas financeiros: “como é que eu vou pagar minhas dívidas?” “Eu tenho que achar uma solução para quitar minhas dívidas.” Enfim, a pessoa entra num loop de raciocínio em que ela só pensa que deve livrar-se do que não quer, enquanto suas características positivas que poderiam de fato resolver seu problema, como a criatividade são sufocadas pela avalanche de tensão e drama. Como “O Segredo” encontra o planejamento? A primeira vista, as duas teorias parecem não combinar, pois uma diz para simplesmente pensar no que se quer, que o universo tomará conta de “realizar o desejo”, enquanto a outra diz que você deve definir o que quer, traçar a rota e seguir em frente. Bom, há duas colocações importantes a fazer: nem sempre é possível saber o que fazer para realizar certos sonhos, neste caso o planejamento não seria possível. O fato de se estar concentrado pensando constantemente no que se quer, faria com que você andasse “com as antenas ligadas”, tomando conhecimento do caminho a ser trilhado a medida que fosse andando. Deixamos passar inúmeros estímulos e oportunidades em nosso dia-a-dia que não estão ligadas ao que estamos pensando. Eu, por exemplo, dependendo do que estou pesquisando no momento vejo tudo através do filtro do meu tema. A leitura de um livro torna-se totalmente diferente de uma leitura anterior, uma simples conversa pode ter um signficado diferente. Minha mãe teve vários negócios quando eu era criança, a cada novo negócio que ela começava a planejar ela voltava sua antena completamente para aquele nicho de mercado, antes totalmente ignorado. Eu me lembro de um comentário dela quando estava planejando abrir uma confeitaria de quantas novas confeitarias estavam abrindo “de repente”. Na verdade, as confeitarias estavam em seus pontos já há muito tempo, mas ela nunca havia notado! A percepção dela era de que todas as confeitarias que ela ela passava a notar tinham aberto recentente, o que não era verdade. Antes de se interessar pelo assunto, era como se esses estabelecimentos não existissem! Quando começamos a nos concentrar naquilo que queremos, ignorando problemas e tudo o que não gostamos, soluções e idéias começam a pipocar em nossa mente. O mais simples e “ignorável” estímulo é capaz de despertar nossa criatividade. Ao adotar uma postura positiva, nós atraímos pessoas que eventualmente podem nos ajudar em nossos objetivos, pessoas essas que podem nos levar a conhecer outros ainda que nos ajudarão. Este processo é uma espiral que se desenrola e cresce tornando-se mais forte e sustentável. E no final das contas, é assim que o universo “conspira” para nos dar aquilo que queremos. Esta é de fato a sensação que se tem quando se entra numa espiral de realizações. A 2º colocação importante é que desejar e ficar parado não adianta, não é essa a idéia em “O Segredo” é este o ponto de intersecção mais importante com o planejamento. Uma das afirmações mais constantes dos autores é que você precisa agir rápido e constantemente – “o universo gosta de ação rápida”. Uma idéia errônea que se tem do planejamento é que você precisa ter todas as informações de onde quer chegar e como chegará lá para planejar e isto não é verdade. Ações estratégicas podem ser tomadas para objetivos pequenos, de curto prazo se tudo o que você consegue ver é 100 metros à sua frente na estrada. O importante é estar seguindo na direção certa e estar se movendo – não ficar parado.

Este texto foi escrito por Fran Christy, escritora e consultora em
estratégia e desenvolvimento pessoal. Você pode encaminhar este artigo para amigos e também publicar em seu site ou blog, mantendo
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Ser ou não ser bonzinho nos negócios?

Falaremos sobre o péssimo hábito desenvolvido na infância que torna grande parte das pessoas incapaz de descobrir como fazer o que deseja ou, de uma forma geral, qual o caminho para o sucesso em seus objetivos.

Muitas pessoas falham na vida porque desconhecem as regras do jogo. Não sabem como ter carreiras bem sucedidas, não sabem como fazer dinheiro, não sabem como montar seus próprios negócios, enfim, as pessoas ignoram detalhes e informações importantes e essenciais para conquistar aquilo que desejam e terminam por fracassar sem saber o que deu errado.

As pessoas não têm informações, não vão atrás delas ou não sabem como estruturá-las e utilizá-las principalmente porque em nossa fase de aprendizado, não aprendemos como fazê-lo.

Não aprendemos como fazer as perguntas certas para descobrir o que não sabemos, não aprendemos como raciocinar de forma crítica e descortinar as evidências, descobrindo como fazer as coisas na vida assim como o detetive revela os segredos de um crime aparentemente sem solução.

Não, pelo contrário! Aprendemos na escola a decorar um grupo de informações imposto por outrem e a sermos “bonzinhos”.

Quanto maior nossa capacidade de obedecer a ordens (fazer a lição de casa, comportar-se) e memorizar informações (para tirar notas boas nos testes), mais apreciados nós somos.

Se somos bons alunos, nossos pais e professores ficam orgulhosos de nós, nos fazem elogios. Do contrário, ficamos de castigo, perdemos regalias.

Ao crescermos, mantemos o mesmo perfil. Agradamos nossos chefes, procurando fazer nosso trabalho bem direitinho para que possamos ser apreciados e, quem sabe, agraciados com aquela promoção ou aquele bônus de final de ano que usaremos para comprar aquela TV de 50 polegadas que estamos namorando já há algum tempo.

Ouvimos histórias de milionários e de pessoas que vivem um estilo de vida invejável e desejamos o mesmo destino, mas não fazemos a menor ideia de como o fulano chegou lá.

Temos nossas suposições, mas elas são imprecisas, confusas e não garantem que, se arriscarmos, também teremos o mesmo destino.

No final das contas, concluímos que essas pessoas tiveram sorte ou algo a que não temos acesso – uma informação secreta, uma ajuda de alguém. Não temos tempo para investigar mais a fundo, estamos ocupados demais sendo bons funcionários para ganharmos o tal bônus que nos permitirá comprar a “TVzona” que tanto queremos.

Admiramos quem chegou lá, mas não nos consideramos capazes de nos juntar a eles, ou simplesmente não sabemos como fazer, e ficamos por isso mesmo.

Um traço comum às pessoas altamente bem sucedidas é uma certa rebeldia. O histórico desses indivíduos geralmente é cheio de notas vermelhas na escola e problemas com autoridade. Por não aceitarem a imposição de ideias e a autoridade, eles cresceram sem desenvolver o hábito que corrompe e destrói os sonhos daqueles que preferem ser “bonzinhos”.

O certinho ou bonzinho desenvolveu um hábito muito nocivo: o hábito de aceitar passivamente ordens, ideias, sonhos e destinos.

Quando se aceita algo passivamente, não se questiona os porquês, simplesmente se aceita. Se você cresceu com pais que lhe davam respostas do tipo “Porque sim” ou “Porque não” ao invés de argumentos claros e lógicos, é possível que você tenha desenvolvido o hábito de aceitar as coisas facilmente sem questionar, principalmente se elas vierem de uma fonte percebida como autoridade.

Para desenvolver as habilidades necessárias para que você possa descobrir como conquistar seus objetivos, será preciso um movimento grande e determinado de sua parte para abrir mão desse hábito nocivo e aprender como pensar de forma crítica e lógica.

No próximo e-mail, falaremos sobre como desafiar a autoridade que vem junto com muitas ideias prontas e começar a desenvolver o tipo de personalidade que sempre descobre como fazer de tudo.

Mantenha a falta de motivação longe de você

Muitos profissionais, por mais que gostem das atividades que exercem, com o passar do tempo podem apresentar sinais claros de falta de motivação no ambiente de trabalho. Quando isso ocorre, não significa obrigatoriamente que chegou a hora de procurar uma nova colocação no mercado, nem tampouco “pendurar as chuteiras”, mas sim de rever alguns comportamentos pessoais que talvez contribuam com uma situação torne-se passageira. Vejamos, então, alguns fatores comportamentais que interferem negativamente na vida do funcionário.

1 – “Eu não sou capaz!”. Talvez, essa seja uma das frases que mais contribui para uma situação que leva o profissional, assim que acordar, lamentar que precise ir para o trabalho. É notório que o dia a dia faz com que as pessoas precisem lidar com as inovações. E quando as mudanças chegam, há quem já pense que não será capaz de acompanhar o momento de inovação vivenciado pela organização. Por isso, prefira afirmar: “Eu sou capaz”, antes de se sentir vencido.

2 – “Como fulano consegue ter uma ascensão tão rápida na empresa, enquanto não consigo nem um simples reconhecimento?”. Quantas pessoas fazem questionamentos semelhantes todos os dias, quando olham para os seus colegas de trabalho? Ao invés disso, deveriam fazer uma autoavaliação e perguntaram a si: “O que posso fazer para sair da zona de conforto e não permanecer na mesmice?”.

3 – Vibre com cada conquista sua, por mais simples que essa possa parecer. Se antes você sentia dificuldades em trabalhar com determinado recurso disponível na intranet da empresa, por exemplo, e agora isso é coisa do passado, comemore. Foque-se também na melhoria dos seus pontos fracos e a cada vitória, uma nova dose de motivação virá naturalmente.

4 – Lembre-se de que você não tem uma máquina do tempo, que o fará voltar aos melhores anos da sua existência. Isso vale tanto para a sua vida pessoal quanto profissional. E um lembrete: o tempo parece ser mais generoso para aqueles com visão de futuro. Para os que optam por ficar sentados com a “boca escancarada, cheia de dentes…” – como o saudoso Raul Seixas enfatizava na música “Ouro de Tolo”, as oportunidades de melhoria não estão disponíveis em uma prateleira de supermercado, mas dependem muito da vontade e da confiança que cada pessoa tem no seu potencial.

5 – Há quem acredite que só têm valor para sua vida profissional os fatos que ocorrem fora dos portões da empresa em que atua, ou seja, na concorrência. Esse é um equívoco que pode ser fatal, uma vez que a sua realidade começa ao lado, exatamente onde estão os colegas de trabalho. Para não se sentir um “peixe fora d’água” e a falta de motivação comece a querer fazer parte do seu dia a dia, acompanhe as novidades que ocorrem no seu trabalho através dos emails institucionais, informativos impressos, murais, enfim, fique atento e acompanhe os canais internos de comunicação da organização.

6 – Como falamos em tempo, esse é um dos fatores que também interfere positiva ou negativamente na motivação do profissional. Isso dependerá de como cada um administra seu dia. Como exemplo, tomemos uma pessoa que precise realizar uma atividade em curto período e, para isso, é indispensável ter “em mãos” informações relevantes que foram arquivadas em alguma gaveta ou em uma “pasta” do seu computador. Caso não há uma organização no ambiente e nas ferramentas de trabalho, provavelmente as chances de finalizar a atividade com sucesso diminuirão. E caso ao término da atividade o feedback recebido não seja positivo, é provável que um sentimento de insatisfação, ou melhor, de falta de motivação, impeça o profissional de superar um novo desafio.

7 – Para aproveitar o “fio” deixado pelo feedback, vamos abrir espaço para a importância de saber dar e receber retorno sobre nosso desempenho. Isso porque é através desse processo que o profissional tem conhecimento tanto dos seus pontos fortes quanto dos que precisam ser trabalhados. Quando se recebe um feedback, é possível saber o que a empresa espera de você e quais os caminhos que é preciso “percorrer” para melhora sua performance. O resultado desse trabalho, certamente, influenciará na sua motivação e nas chances de ascensão interna.

8 – Caso o seu gestor ofereça abertura para o diálogo, peça para conversar com ele em um momento mais oportuno. Ou seja, não escolha um dia em que há várias reuniões ou em que ele precise revisar um relatório ou, então, que você esteja tenso seja qual for o motivo. Há situações em que uma boa conversa abre as portas para que o profissional receba novas oportunidades, mas que só surgiram porque ele tomou a iniciativa de falar com a pessoa certa.

9 – Não espere que as oportunidades batam à sua porta. Crie situações diferenciadas que contribuam para seu desenvolvimento: leia livros interessantes sejam didáticos ou não; veja filmes que abordem temáticas que lhe chamem a atenção e, algumas vezes, tente diversificar e assista também produções que escapam à sua rotina.

10 – Algumas vezes, a falta de motivação no ambiente de trabalho pode ser apenas um reflexo de algo que o próprio profissional ainda não se deu conta: ele esqueceu de que além da empresa é preciso ter espaço para vida pessoal. Isso não é luxo, mas sim necessário para aliviar as tensões vivenciadas. Caso contrário, o indivíduo entra no automático, fica “robotizado” e chega o momento em que a mente e o corpo pedem socorro.

Talentos: investimento no planejamento de carreira

A captação e a retenção de talentos tornaram-se práticas constantes para as empresas que querem garantir diferenciais em um mercado altamente competitivo. Uma vez que os profissionais ingressam na organização e apresentam diferenciais é, no mínimo, esperado que a organização ofereça atrativos para manter em seu quadro funcional aqueles profissionais que façam a diferença. Dentro desse contexto, encontra-se uma prática que tem sido adotada pelas empresas com visão de futuro: o planejamento de carreira. Afinal, através dessa prática tanto a empresa quanto o funcionário chegam a um consenso sobre o que cada parte espera da outra.
Segundo José Roberto Marques, Master Coach certificado pela Graduate School of Master Coaches e diretor do IBC (Instituto Brasileiro de Coaching) a retenção de talentos hoje é fator determinante, para que qualquer corporação tenha um grupo de colaboradores com os perfis de competências que precisa para crescer, ter diferenciais significativos e estar à frente de suas concorrentes em um mercado cada vez mais competitivo. Dentro deste contexto, as empresas com visão de futuro têm realizado um contínuo trabalho junto aos seus talentos – o planejamento de carreira. “Cabe ao líder, a iniciativa do convite para realizar o planejamento de carreira. Isso mostra que o gestor está atento aos membros da sua equipe e que a instituição reconhece e deseja investir no seu potencial e crescimento dentro dela, fortalecendo assim o vínculo de confiança entre o funcionário e a organização”, complementa.
Em entrevista concedida ao RH.com.br, José Roberto Marques enfatiza os primeiros passos que uma organização deve dar, ao propor um planejamento de carreira a um profissional que oferece diferenciais, bem como os recursos que podem ser utilizados na condução desse processo, a exemplo do coaching. Essa é uma boa oportunidade para repensar na retenção dos talentos que integram sua equipe. Boa leitura!

RH.com.br – As empresas estão atentas aos profissionais que podem agregar valor diferenciado ao negócio. Quando um talento destaca-se dos demais pares o gestor deve convidá-lo imediatamente para realizar um planejamento de carreira?
José Roberto Marques – As empresas de modo geral devem estar em sintonia com as mudanças organizacionais, compreendê-las e atuar no sentido de administrar suas necessidades. E a retenção de talentos hoje é fator determinante, para que qualquer corporação tenha um grupo de colaboradores com os perfis de competências que ela precisa para crescer, ter diferenciais significativos e estar à frente de suas concorrentes. Quando um talento destaca-se dos demais, o líder deve procurar estabelecer condições favoráveis ao desenvolvimento de seu potencial, observar e conduzir mais atentamente seu trabalho. Uma das alternativas para manter o interesse do colaborador é apresentar condições de crescimento e desenvolvimento na empresa como um plano de carreira, que confere reconhecimento e segurança ao colaborador. O plano de carreira, é bom lembrar, deve ser oferecido o quanto antes, uma vez que a competição por profissionais com perfis diferenciados está cada vez mais acirrada, e perder tempo pode significar também, perder um grande talento para o seu concorrente.

RH – Esse convite para realizar um planejamento de carreira deve partir preferencialmente do gestor?
José Roberto Marques – Numa empresa o líder é o responsável por fomentar os valores, as crenças, as normas e a cultura organizacional em seus colaboradores. É dele a missão de gerenciar as ações, tomar as decisões importantes, motivar as equipes, eleger metas e mensurar resultados, como também é dele, o papel de identificar quais os perfis são mais compatíveis com as ambições da empresa e os profissionais que se destacam dentro do sistema de gestão implantado. Desse modo, cabe sim, ao líder, a iniciativa do convite para realizar o planejamento de carreira. Isso mostra que o gestor está atento aos seus colaboradores e que a instituição reconhece e deseja investir no seu potencial e crescimento dentro dela, fortalecendo assim o vínculo de confiança entre o empregado e a organização.

RH – Qual o primeiro passo a ser dado para realizar um bom planejamento de carreira, diante de um profissional com potencial diferenciado?
José Roberto Marques – Considerando que o mercado carece de profissionais que já tenham despertado o seu poder pessoal, a retenção de talentos torna-se uma questão estratégica, pois é muito comum as pessoas que geram resultados serem bem cotadas e assediadas no mercado. Desta forma, é importante que a organização faça sentido para estes profissionais, que eles desenvolvam um apego ideológico e afetivo, com o que fazem e o contexto de onde trabalham. Um salário tentador e prestigio, qualquer concorrente pode oferecer. Já respeito, credibilidade e reconhecimento, só se encontram em instituições que valorizam seu capital humano. Creio que este seja o primeiro passo.

RH – Quais as outras etapas consideradas indispensáveis a um bom planejamento de carreira?
José Roberto Marques – A partir do estabelecimento de um ambiente de confiança e reconhecimento, onde faça sentido manifestar seu potencial e esforço, é recomendável que exista um diálogo franco, aberto e objetivo entre o líder e os membros da equipe. São identificados, o estado atual e o desejado, tanto da empresa quanto do profissional, entrando num acordo comum que favoreça a ambos. Com o estado futuro definido, estabelece-se um plano de desenvolvimento, com foco em desenvolver competências relevantes para a concretização das metas que gerem os resultados esperados. A partir de então, tem início o acompanhamento com feedbacks contínuos, incentivos, reconhecimento e orientações para que o profissional desenvolva-se e supere as expectativas.

RH – Quais os cuidados a serem adotados, para que esse processo flua com êxito?
José Roberto Marques – Para que o processo flua com sucesso é necessário que a empresa apresente um planejamento de carreira conciso e capaz de atender tanto às necessidades da organização, quanto os sonhos e as ambições profissionais e pessoais do colaborador. Também é preciso que fique claro para os demais porque determinado funcionário está recebendo tal oportunidade de crescimento, e que características foram decisivas para isso. O líder tem a responsabilidade de fomentar o desenvolvimento de todos numa empresa, mas é certo que aqueles que têm um perfil mais compatível e correspondem às perspectivas da corporação serão efetivamente aproveitados, mas isso é claro, se tiverem alguém preparado para estimular seu desenvolvimento e extrair o melhor de seu potencial.

RH – Geralmente, que fatores comprometem um planejamento de carreira?
José Roberto Marques – Muitas vezes o plano de carreira da empresa não é compatível com o plano de carreira do colaborador, e isso acaba por criar um descompasso entre os projetos de ambos, para um futuro em comum. A falta de critério na escolha dos colaboradores que irão participar do planejamento é outro fator, a exemplo de alguém que recebe o benéficio por tempo de empressa e não por seus resultados. Falta de clareza quanto às possibilidades reais de crescimento e a ausência de  um plano de salários compatível com as projeções profissionais são outros fatores que podem comprometer o planejamento de carreira de uma empresa.

RH – Durante a condução do planejamento de carreira, é comum a inclusão de processos de coaching?
José Roberto Marques – Sim, é cada vez mais comum que o processo de coaching esteja associado aos planejamentos de carreira. No chamado Coaching de Carreira, o processo é responsável por identificar e apontar qualidades, competências e pontos de melhoria para potencializar o desempenho do colaborador e estabelecer objetivos para seu desenvolvimento. Este tipo de coaching é indicado, ainda, para: aqueles que estão iniciando no mercado de trabalho e querem definir seu perfil e objetivos profissionais; para auxiliar no desenvolvimento da carreira, em momentos de crise e transição, e em fase de aposentadoria, quando o profissional está preparando-se para sair do mercado de trabalho e deseja fazer isso de forma natural ou mesmo, encontrar outras funcionalidades para seus conhecimentos e suas experiências.


RH –
Quais os benefícios que o coaching oferece ao planejamento de carreira?
José José Roberto Marques – Através de um processo de coaching um profissional pode identificar suas crenças e seus valores, clarificando o que realmente busca enquanto realização e o que a instituição espera dele. A partir disto, o planejamento de carreira torna-se mais expressivo e eficaz. O coaching pode favorecer com grandes resultados também em momentos muito peculiares da carreira, como acelerar o ingresso no mercado de trabalho, para o primeiro emprego ou recolocação, seja por um processo de remodelagem da carreira ou pelo desligamento do emprego atual. Coaching na preparação de aposentadoria também configura em um nicho de mercado promissor, ressignificando a idade e a força produtiva. Para o estabelecimento do plano de desenvolvimento de carreira é uma importante ferramenta que possibilita a superação de limitadores e o estabelecimento de novas crenças e comportamentos mais efetivos.

RH – Em sua opinião, o planejamento de carreira é um diferencial para a atração e a retenção dos talentos?
José Roberto Marques – O planejamento de carreira de uma empresa será seu diferencial na retenção de talentos se for congruente com os anseios e as projeções de carreira que  o colaborador está buscando para sua vida profissional. Hoje profissionais de destaque preferem traçar seus próprios objetivos e metas para seu futuro no mercado de trabalho, ao invés de se enquadrar às projeções da empresa, o que  considero bastante positivo, pois esses profissionais diferenciados têm foco e buscam oportunidade em instituições que valorizam colaboradores com seus perfis. Quando o fazem, na verdade, estes profissionais estão buscando um lugar em que seus potenciais possam ser desenvolvidos, suas competências desafiadas e seus resultados reconhecidos. E este é um grande diferencial para a retenção de talentos.

RH – Hoje, observa-se uma preocupação das empresas em reter os profissionais da Geração Y. O planejamento de carreira é capaz de encantar esses talentos e, consequentemente, convidá-los a vestirem a camisa da empresa?
José Roberto Marques – O planejamento de carreira poder ser um fator de retenção de talentos da chamada Geração Y, mas somente se atender às ambições profissionais destes jovens de 20 e poucos anos, em grande parte recém-formados, que investem em suas formações e desejam aplicar tudo aquilo que aprenderam para ter uma rápida ascensão na carreira. Para retê-los, as empresas e os gestores devem estar preparados. E os líderes têm a responsabilidade de identificar estes profissionais de destaque, estimular o potencial desses jovens talentos, motivá-los e situá-los sobre a cultura organizacional da empresa, oferecer trabalhos desafiadores, reconhecimento e feedbacks constantes, remuneração compatível com os cargos e as funções desempenhadas. Os gestores devem, também, transmitir seus conhecimentos e criar um ambiente de trabalho seguro, capaz de propiciar um cenário favorável ao desenvolvimento das competências e dos diferenciais da Geração Y.  O coaching é uma fantástica ferramenta para mobilizar esta geração e trazê-los para investirem seu talento na empresa. O planejamento de carreira com coaching é capaz de abrir inúmeras portas e ampliar os horizontes dos jovens em curto, médio e longo prazo, tornando-se sim, um grande ponto de retenção desta faixa etária.

TENTE OUTRA VEZ – REFLITA

Faz exatamente vinte anos que Raul Seixas, o Maluco Beleza, deixou o convívio terreno e partiu para outra dimensão (ele se foi em 21.08.1989). Dentre as inúmeras músicas interpretadas pelo célebre Raul, uma delas continua recorrente na sociedade atual. “Tente outra vez” diz respeito aos fortes de espírito, aqueles não se deixam vencer pelas adversidades ao longo do caminho. Deveria ser o hino dos que ainda crêem na esperança de encontrar a sua própria voz, ou seja, a sua própria vocação. A sociedade em que vivemos é uma sociedade voltada para o trabalho, portanto, é difícil escapar ao fato de que somos incentivados a trabalhar duro para conseguir o que queremos. Desde pequenos ouvimos dizer que bens materiais, reconhecimento, valorização e sucesso custam caro. Em geral, somos levados a imaginar que fama e fortuna estão disponíveis somente para aqueles que trabalham mais e chegamos ao ponto de acreditar que uma vida modesta, desprendida de esforço, nos impedirá de conseguir o que desejamos. Infelizmente, não é possível corrigir os erros do passado, mas deve-se aprender com eles. Quando crianças, nossa imaginação voava longe, queríamos ser de tudo, inventores, guerreiros, super-heróis, atores, bailarinos, professores, músicos e assim por diante, mas alguém enfiou em nossa cabeça que o melhor é ser advogado, médico, engenheiro, empresário etc., ou seja, profissões supostamente bem remuneradas, seguras e tranquilas no futuro. De fato, muitas pessoas foram banidas para sempre da sua verdadeira vocação e o resultado foi a frustração ocasionada pela formação de milhares de profissionais medíocres que acabam fazendo de tudo, menos aquilo para o qual nasceram. Com o tempo você aprende a se conformar com a situação e, por mais que você queira chutar o balde, a mente acaba martelando coisas como “você não pode”, “não seja louco”, “agora é tarde”, “pense nos filhos”, “pare de sonhar” e outras aberrações semelhantes. Por conta de tudo isso, de acordo com George Leonard, autor do livro Maestria: As Chaves do Sucesso e da Realização Pessoal, “O mundo moderno, com efeito, pode ser visto como uma prodigiosa conspiração contra a maestria. Somos continuamente bombardeados com promessas de satisfação imediata, sucesso instantâneo e alívio rápido e temporário, que nos levam exatamente na direção errada.” Somos reféns dos pensamentos alheios e isso nunca há de nos levar a lugar algum, portanto, aprender é mudar, tentar, cair e levantar quantas vezes for necessário, e nunca perder de vista o sonho. O aprendizado é muito mais do que aprender nos livros. Como diz Leonard, “a aprendizagem durante a vida toda é um privilégio especial dos que percorrem o caminho da maestria, o caminho que nunca termina.” A única voz que você deve ouvir é a voz do seu coração. Se as crianças desistissem a cada “não” que recebem, o mundo seria um desastre. Portanto, não importa a área com a qual você se identifique, desperte a criança que existe dentro de você. De vez em quando pare de trabalhar e tente obedecer aquela voz interior que martela repetidamente o seu subconsciente para uma completa mudança de direção. Por fim, como diria o grande filósofo Raul Seixas: “Veja, não diga que a canção está perdida, tenha fé em Deus, tenha fé na vida, tente outra vez! Tente, e não diga que a vitória está perdida, se é de batalhas que se vive a vida, tente outra vez.

Pense nisso e seja feliz!

AS DUAS PULGAS (by Max Gehringer)

Duas pulgas diretoras estavam conversando e então uma comentou com a outra:
– Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
Elas então decidiram contratar uma mosca para treinar todas as pulgas a voar e entraram num programa de treinamento de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
– Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele.
Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.
Elas então contrataram uma abelha para lhes ensinar a técnica do chega-suga-voa.

Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:
– Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito.

Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
E então um pernilongo lhes prestou treinamento para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar.

Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha, que lhes perguntou:
– Ué, vocês estão enormes! Fizeram plásticas?
– Não, entramos num longo programa de treinamento. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
– E por que é que estão com cara de famintas?
– Isso é temporário. Já estamos fazendo treinamento com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar de modo a perceber, com antecedência, a vinda da pata do cachorro. E você?
– Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.
Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer, e perguntaram à pulguinha:
– Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em um programa de treinamento, em uma reengenharia?
– Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.
– Mas o que as lesmas têm a ver com pulgas, quiseram saber as pulgonas.
– Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me disse:

“Não mude nada. Apenas sente na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança”.

Moral da história:

Você não deve focar no problema e sim na solução. Para ser mais eficiente é necessário estudar, analisar e não falar. Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento, execução e praticidade. Não queira complicar, seja prático e objetivo.

PREGUIÇA E COVARDIA

De acordo com Immanuel Kant, filósofo alemão, em artigo publicado em 1784, “a preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha, continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida”. De maneira mais simples, significa dizer que, tendo o homem se libertado da ignorância, ainda é capaz de nela permanecer apenas por comodidade, preguiça e covardia, o que o torna menor ainda pelo fato de ter experimentado o conhecimento e ter decidido permanecer na escuridão da ignorância.

Preguiça e covardia lhe parecem muito agressivos? Kant vai mais longe quando afirma que o homem é a única criatura que precisa ser verdadeiramente educada. Por que preguiça e covardia? Exatamente porque pensar por si mesmo é um exercício que exige muito esforço e completo desprendimento dos pensamentos alheios, um sacrifício que poucos estão dispostos a realizar.

Para que pensar, diriam os ignorantes no sentido literal, se os grandes pensadores fazem isso por nós? Filosofia não oferece conforto, dinheiro, bens materiais nem favorece o aparecimento na mídia. Talvez por essa razão a maioria dos homens prefira seguir refém dos pensamentos alheios, das frases prontas, dos governantes egoístas que se valem da ignorância coletiva para manipular a ordem do judiciário, do legislativo e do próprio executivo, em benefício de uma minoria que se encanta com poder, microfones, palcos, viagens e multidões.

A ignorância faz com que o homem cultive valores equivocados, entregue sua vida e sua alma para seitas e religiões sem o menor fundamento, cultue hábitos estranhos de vida e admire heróis fabricados da noite para o dia. Pior ainda, pode torná-lo refém da ignorância alheia, representada por políticos inescrupulosos, profetas de araque, traficantes, bicheiros, estelionatários e outros agentes de desenvolvimento da escravidão humana que, há muito tempo, deixou de ser uma violência física assumir definitivamente a forma de violência moral.

Penso que há um tempo na vida, entre a infância e parte da vida adulta, que o empréstimo dos pensamentos alheios é quase um imperativo. Precisamos de heróis, filósofos, professores, mentores e pensadores que fundamentem a formação da nossa base moral e intelectual. E por um bom tempo ainda, o homem será refém da aprovação alheia, afinal, perfeição e unanimidade são características difíceis de serem alcançadas nem devem ser almejadas para o nosso próprio bem e para o bem da humanidade.

A pós-modernidade facilitou o acesso à informação, mas não promoveu o conhecimento e a sabedoria. De posse do conhecimento, o mundo se abriria para infinitas possibilidades. Como afirmavam os iluministas, somente o conhecimento liberta. Em suma, temos muita informação e pouco conhecimento e quando isso ocorre, não há questionamento, ao contrário, há o fortalecimento da passividade em relação aos desmandos de qualquer natureza e à hipocrisia que amplia ainda mais o abismo entre a ignorância coletiva e a sabedoria.

De fato, nunca fomos tão passivos em relação aos acontecimentos que nos provocam dor e indignação, algo que, em outros tempos, seria motivo de luta, revolução, renúncia, passeatas nas ruas e caras pintadas. Ter conhecimento é bem diferente de possuir informação. O conhecimento liberta, o excesso de informação escraviza. De nada adianta a informação se não sabemos o que fazer com ela. E o que é mais triste, quando sabemos o que fazer, nos entregamos aos encantos das promessas não cumpridas, dos sorrisos dissimulados, das mentiras bem produzidas.

Lamentavelmente, com relação ao Brasil, vivemos numa sociedade que aprendeu a se contentar com o óbvio, altamente influenciada pelos discursos evasivos dos políticos, por bobagens que se multiplicam em progressão geométrica na Internet, dependente da comiseração alheia. Por conta disso, a mente humana acaba poluída pelo excesso de propagandas sobrecarregadas de corpos, caras e bocas bem ornamentados e bem remunerados pela mídia que desembolsa milhões para tomar de assalto a nossa mente e abrir o nosso bolso, predominantemente espelhada no conceito equivocado de que ter é mais importante do que ser.

Assim sendo, não acredite em tudo que você vê, ouve ou lê nem mesmo que seja meu. Questione a tudo e a todos, inclusive a si mesmo. Quanto mais você questiona, menos escravo se torna dos pensamentos alheios. Pensar por si mesmo e aprender a discernir são as maiores armas que o ser humano pode utilizar contra todos os tipos de dominação social.

Por fim, penso que preguiça e covardia são características dos fracos de espírito, portanto, espelhe-se nos pensamentos alheios para construir o seu, mas nunca permita que eles o influenciem a ponto de fazê-lo perder a sua própria identidade. De acordo com William James, psicólogo norte-americano, “a maior revolução da nossa geração é a descoberta de que os seres humanos, ao mudar suas atitudes mentais, podem mudar suas vidas.” Pense nisso e seja feliz!


EMPREGO OU TRABALHO?

Durante a primeira fase da sua vida profissional, o ser humano luta com todas as forças para conseguir um emprego, não importa onde nem como ou mesmo no que, desde que tenha a oportunidade de mostrar a real capacidade de produzir alguma coisa útil para conquistar alguns trocados. Num primeiro momento, ele não está muito preocupado com esse negócio de vocação, missão ou com o fato de encontrar algo que goste de fazer. Nessa fase, o que importa mesmo é a vontade de progredir e de se sentir aceito pela sociedade.

Com o tempo, descobre-se que existe uma diferença considerável entre emprego e trabalho. Emprego é o que você faz por dinheiro; trabalho é o que você faz por amor. Emprego é aquilo que você encontra facilmente; trabalho é o que você demora a encontrar e muitos talvez nunca encontrem. Emprego nem sempre tem algo a ver com a sua vocação; trabalho tem tudo a ver com a sua vocação. Emprego é o que move as pessoas para trás; emprego é o que move as pessoas para frente. Emprego é algo que se deseja para sobreviver; trabalho é algo que provoca sentido de realização.

A maioria das pessoas vai passar a vida toda correndo atrás de emprego apenas para satisfazer suas necessidades básicas. Talvez elas não queiram nada mais do que um simples emprego e não há nada de mal nisso. Cada um vive à sua maneira, afinal, não está escrito em lugar algum que ambição e crescimento profissional são obrigatórios na vida de ninguém.

Apesar dessa constatação, é fácil encontrar pessoas que reclamam com frequência do cargo, do salário, do chefe, da falta de reconhecimento e até mesmo da vida que lhes parece injusta. Pior do que isso, o tempo passa e quando você as encontra novamente, de tempos em tempos, descobre que elas estão na mesma empresa, no mesmo cargo, no mesmo setor ou departamento, praticando o mesmo discurso e talvez ganhando o mesmo salário. Em suma, a comodidade do emprego não desperta sentido de contribuição.

Infelizmente, algumas empresas também adoram esse tipo de pessoa, sem ambição, do tipo que reclama, mas faz, o bom soldado. Parte delas prefere estimular a submissão que transforma os profissionais em verdadeiros autômatos sujeitos ao tempo produtivo do relógio, desde que isso não represente perigo para o seu crescimento nem signifique desperdício de dinheiro com treinamento e coisas do gênero.

A realidade é dura. Não é tão simples encontrar o emprego ideal, aquele que se pode contar para todo mundo com orgulho e que provoca sorrisos de orelha a orelha cada vez que alguém pergunta o que você faz. Lamentavelmente, poucas pessoas foram orientadas a procurar trabalho, num sentido mais amplo. Em geral, as pessoas são orientadas a procurar um emprego e isso faz uma diferença enorme com relação à energia, ao tempo e ao modo como as pessoas se dedicam a uma profissão ou atividade.

Um dos maiores avanços provocados pela Geração Internet e pela Sociedade da Informação foi a possibilidade de pensarmos que somos capazes de aprender tudo e fazer tudo, ou quase tudo. Entretanto, o que vai atestar a nossa capacidade de realização e a nossa credibilidade é a forma como nos relacionamos com a sociedade através do exercício da nossa profissão. Quanto mais próximos da vocação original, mais próximos da perfeição, da originalidade, do sentido de realização. Quanto mais trabalharmos com amor, maior o sentido de contribuição e maior a aceitação por parte da sociedade.

De acordo com Emerson, o grande pensador americano, leva-se muito tempo para descobrir o quanto somos ricos. Não nascemos prontos, mas nascemos com habilidades singulares que nos diferenciam de todos os demais seres humanos na face da Terra. Portanto, em vez de procurar um emprego, procure um sentido na vida, algo pelo qual valha a pena investir a maior parte do seu precioso tempo, algo que sinta orgulho de fazer e que transforme a sua vida num caminho digno de ser percorrido. A vida é curta para ser desperdiçada com coisas que não promovem o seu bem-estar e a felicidade das pessoas ao seu redor. Experimente isso e seja feliz!

Por que algumas pessoas ATENDEM MAL os CLIENTES ?

atendimento1Não é raro observarmos funcionários errando ao atender mal um cliente, seja através da arrogância, displicência, falta de foco na solução da necessidade ou lentidão para resolver um problema, sem contar com a clássica dificuldade de comunicação, onde os colaboradores não compreendem corretamente o que o cliente está desejando.

A frase “Freud explica” nunca foi tão verdadeira, pois o motivo do acontecimento dos pontos acima está ligado aos comportamentos das pessoas. Na nossa infância é moldada a base de nossa personalidade que refletirá as atitudes assertivas ou não do futuro, portanto o perfil comportamental definido na infância determina como me comportarei na vida adulta.

Em meus treinamentos de atendimento ao cliente adoto uma adaptação da teoria DISC, onde conscientizo as pessoas de suas virtudes e limitações comportamentais que estão ajudando ou atrapalhando o atendimento ao cliente. Após a aplicação de um teste as pessoas se identificam com um dos quatro perfis comportamentais existentes:

Guerreiro: Pessoas que possuem este perfil comportamental são rápidas e ágeis para resolver as necessidades ou problemas dos clientes, quando surge uma dificuldade elas arrumam uma forma de superá-la. Mas veremos que todos os perfis possuem pontos positivos e pontos limitantes, o guerreiro possui um sério problema de comunicação, pois como tem ansiedade em executar suas tarefas rapidamente ele pode não entender corretamente o que o cliente está querendo e com isto ele pode executar rapidamente algo errado. Outro ponto limitante deste perfil é a arrogância, pois ele “se acha” e sua prepotência pode desagradar o cliente e seus colegas de trabalho.

Influente: Este perfil é fantástico no que tange a dar atenção ao cliente, cativá-lo e deixá-lo a vontade. O influente é o boa praça e gosta de criar relacionamentos duradouros, uma ótima característica para atender bem o cliente. Mas seus problemas comportamentais podem comprometer o resultado, pois ele perde o foco facilmente, demorando a resolver um problema. Tem a mesma limitação em relação à comunicação que o guerreiro, pois escuta muito pouco o cliente e pode tomar decisões erradas ao buscar soluções.

Harmonioso: Os aspectos positivos deste perfil são a comunicação, pois ele compreende de forma clara as necessidades do cliente, são pessoas calmas e tranqüilas que demonstram total atenção ao cliente, além disto, são ótimos em momentos de conflito, pois compreendem os lados conflitantes e buscam soluções assertivas. O problema é que o harmonioso é tranqüilo de mais e isto o torna lento na execução das atividades e tempo é uma questão importante para os clientes. Outro aspecto limitante é que não gostam de mudanças não trazendo inovação para a empresa.

Perfeccionista: Como o próprio nome já diz estes são perfeitos, executam tarefa com maestria e excelência, são fantásticos comunicadores, pois compreendem claramente a necessidade do cliente assim como contribuem para que o resultado seja esplendoroso. As limitações estão na arrogância e prepotência, muitas vezes comprometendo uma boa relação com o cliente e com a sua equipe. Realizar as atividades no tempo certo também é um ponto de atenção, pois o perfeccionismo costuma demorar para acontecer.

Observando os perfis comportamentais acima você pode achar que estamos perdidos, pois todos eles têm pontos limitantes que podem atrapalhar o atendimento. A boa nova é que existem pessoas que conseguem equilibrar os perfis de forma consciente ou não, administrando seus pontos limitantes e ressaltando seus pontos positivos. Um guerreiro, que é rápido e supera dificuldades facilmente, pode, através da consciência, ficar atento a sua falha de comunicação e a sua potencial arrogância e trabalhar estes pontos até transformá-los nos pontos positivos do harmonioso por exemplo.

Treinamentos comportamentais focados para atendimento ao cliente disponibilizam as pessoas este autoconhecimento, promovendo assim mudanças comportamentais que nos transformam em profissionais mais preparados para atender bem os nossos clientes, pois eles são o maior patrimônio da empresa.

Costumo invocar uma frase em meus treinamentos de um autor desconhecido que exemplifica bem o que estamos abordando: “Se não cuidares bem de seu cliente, alguém cuidará”.

Por que os funcionários se demitem?

Lendo a VOCÊSA de julho/09 ( que destaca os Chefes Tóxicos ) resolvi reeditar um artigo que escrevi a algum tempo, pois este tem grande sintonia com a matéria da Revista.

Vamos ao artigo:

Desde que comecei a ministrar treinamentos de liderança nas empresas, venho observando que a maioria das pessoas demitem-se de seus chefes e não da organização em que trabalham. Tal observação é validada pela pesquisa do Instituto Gallup que demonstra que 66% dos funcionários se demitem dos seu chefes e não da corporação que as contratou.

O fato é que muitos gestores desmotivam profundamente seus funcionários. Como disse Eugênio Mussak em um curso que participei: a motivação humana está ligada a dois fatores básicos – obter prazer e evitar sofrimento. Se um líder faz sua equipe sofrer com atitudes autoritárias e rudes, as pessoas se demitem para evitar o sofrimento – ou melhor, demitem o chefe TÓXICO de suas vidas.

Mas quais atitudes do líder levam a essa reação tão drástica dos colaboradores? Recorro agora ao Livro de Ouro da Liderança de John Maxell, onde são apontados quatro fatores que levam as pessoas a desistirem de seus chefes:

1. As pessoas desistem de quem as desvaloriza

Há chefes que parecem incapazes de elogiar os colaboradores por um trabalho bem feito, negando-lhes o prazer de serem reconhecidos. Pergunto a você LÍDER: Você sente prazer quando o seu chefe lhe reconhece por um trabalho bem feito ? Não tenho dúvidas que sim. Portanto, acredite, o seu liderado também fica muito motivado com isto.

2. As pessoas desistem de quem não é confiável

Uma pesquisa realizada em empresas americanas indica que a confiança no ambiente trabalho está em declínio. O estudo destacou cinco comportamentos dos líderes que destroem a confiança dos liderados:

. Agir de modo incoerente com o que diz

. Obter vantagens pessoais

. Sonegar informações

. Mentir ou contar meias-verdades

. Ter mentalidade fechada

3. As pessoas desistem de quem é incompetente

Pode o colaborador ter respeito por um chefe incompetente, que se impõe pela força em vez do exemplo? Vejamos o que nos diz a “lei do respeito”, extraída do livro As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança: “As pessoas seguem naturalmente os líderes que demonstram serem mais fortes que elas”. Um colaborador que, por exemplo, tem capacidade de liderança grau 7 não seguirá um líder que tem grau 4. Aprimore sua competência da liderança.

4. As pessoas desistem de quem é inseguro

É muito fácil identificar um líder inseguro. Basta verificar se ele está preparando alguém para sucedê-lo. Pessoas querem líderes que as estimulem a alçar vôos; anseiam por mentores que as auxiliem a desenvolver seu potencial.

Diante do que foi exposto neste artigo, nós, líderes, temos muito a refletir. Será que estamos fazendo nossos liderados sofrerem com nossas atitudes? Estamos realmente lhes proporcionando condições de trabalho? Ou será que nossos comportamentos os estão fazendo ir embora e levar consigo o conhecimento adquirido na empresa e os frutos do investimento em suas competências?

Sugiro que você peça à sua equipe um feedback sobre os quatro fatores que fazem as pessoas desistirem de seus chefes. Descubra se você proporciona prazer ou sofrimento a aqueles que passam 8, 10 ou até 14 horas em sua companhia.

Por que os funcionários invalidam os feedbacks de seus líderes?

feedback2Sou um grande entusiasta do FEEDBACK, pois este recurso é fundamental para a evolução de líderes e liderados nas organizações.

Muitas literaturas sobre o tema definem FEEDBACK como “um processo de amor que visa o desenvolvimento do próximo”. Quando apresento este conceito, as pessoas me olham com desconfiança, mas notem que enquanto há feedback existe amor entre as partes.

Em um feedback onde a esposa diz ao marido que o casamento não está indo muito bem ainda há amor, pois a companheira quer que isto mude e ambos vivam com a mesma paixão de antes, quando se conheceram. Mas quando a esposa para de falar sobre o que não está bom, há uma grande chance de o amor ter acabado, iniciando assim uma separação mental na cabeça da mulher para posteriormente ocorrer à separação física.

No ambiente corporativo é a mesma coisa. Enquanto um líder “feedbeca” seu liderado ainda há amor, pois há o desejo de desenvolvimento do funcionário, apontando a ele os pontos que necessitam de melhorias, como talvez mais iniciativa, atender melhor os clientes, gerenciar melhor o seu tempo e assim vai. Mas quando o chefe se cala, não aplicando mais feedbacks, há uma possibilidade de que o amor tenha acabado e a partir deste momento a liderança aguarda ansiosamente que o colaborador continue errando, para ter motivos concretos para a demissão.

O grande problema do quadro acima é que os líderes fazem este processo de amor com ofensividade, pois aprenderam com seus líderes anteriores, na infância ou com seus pais a aplicar feedbacks pesados chegando ao desrespeito, mas acreditem que mesmo carregados destes aspectos negativos ainda existe o amor, o amor para a mudança.

Os liderados precisam de inteligência emocional neste momento, e entender que este processo não é crítica e sim uma grande oportunidade de melhorar o que precisa ser melhorado. A dica é pegar toda a ofensividade da liderança e mandá-la para Deus, pois ele tem amor suficiente para transformar esta ofensividade em mais amor e pegar deste feedback a essência do que o seu líder está querendo dizer. Talvez o seu líder esteja dizendo que você precisa ser mais proativo, buscar mais conhecimento técnico, aprimorar a qualidade do seu trabalho ou até mesmo mostrar que você tem um potencial maior do que imagina.

Precisamos compreender que feedback é uma fantástica oportunidade de desenvolvimento profissional e pessoal. Ele é um PRESENTE oferecido pela pessoa que vê com mais clareza nossos comportamentos limitantes. Não há dúvida que a liderança tem problemas comportamentais como a arrogância na hora de aplicar o feedback, mas isto é outro problema que podemos conversar em outro artigo. Precisamos buscar a ponto central do feedback, pois ali há uma grande oportunidade de transformarmos comportamentos que nos limitam em comportamentos que nos potencializam.

O SEGREDO DA FOFOCA

A fofoca é tão antiga quanto a mais antiga das profissões. Ela sobreviveu aos antigos babilônicos, ao Império Romano, à Inquisição e ao comunismo. Ao longo do tempo, atravessou o Atlântico, dobrou o Cabo da Boa Esperança, chegou à lua e continua provocando discórdias nos mais diferentes níveis de agrupamento da sociedade moderna. Salvo engano, não há perspectivas de que possa desaparecer da face da Terra nos próximos dez mil anos.

Na vida pessoal, a base da fofoca é a inveja e a falta de objetivos. Ao estabelecer um plano de crescimento pessoal consistente, baseado em valores e princípios sólidos, sobra pouco tempo para se preocupar com os problemas alheios e outras coisas que não agregam valor algum ao espírito. Quando isso não ocorre, resta apenas o dom da crítica em vez do reconhecimento das virtudes alheias.

Na vida profissional, a base da fofoca é a inveja e a insegurança. Assim como na vida pessoal, a falta de objetivos profissionais consistentes, alinhados com valores e princípios universais, faz da fofoca a principal preocupação das pessoas no mundo corporativo. Quando não há objetivos, não há horizonte a ser alcançado, portanto, a insegurança toma conta do ser humano e fragiliza o espírito.

De acordo com o Professor José Antonio Rosa, a fofoca é um dos sete pecados capitais do ser humano. E para que a fofoca ganhe força e consistência, ela precisa apenas de um ouvido ou de um ombro supostamente amigo. Na prática, de um interlocutor que se predisponha a ouvir lamúrias e pensamentos maldosos a qualquer hora do dia, sem a mínima predisposição para contestá-los.

Em todos os lugares existem pessoas especialistas em semear a discórdia mediante comentários aparentemente simples, porém, na essência, carregados de más intenções. São aquelas que não perdem a oportunidade de abordar o chefe no banheiro ou de carregar um amigo para o cafezinho a fim de destilar um pouco de veneno enquanto os demais colegas se desdobram para manter o trabalho em dia e atingir as metas da organização.

De maneira geral, as organizações não quebram por falta de estratégia, de qualidade ou de clientes. Aparentemente, isto é fácil de resolver. Elas quebram porque as pessoas que deveriam estar pensando na solução de problemas concentram-se na disseminação de problemas através das fofocas, o que, por sua vez, provoca o enfraquecimento da sinergia entre as equipes e a perda de foco nas coisas que realmente interessam à empresa.

Lamentavelmente, não podemos acabar com elas, assim, num estalar de dedos, mas podemos contribuir para inibi-las, pelo menos na nossa presença, quando identificadas rapidamente. As fofocas ganham espaço somente quando encontram o interlocutor correto, pessoas se dispõem a fomentar a discórdia.

De fato, quando não alimentamos esse mal, fica mais difícil alguém se aproximar para compartilhar o veneno. Aquilo que os outros pensam maldosamente a seu respeito não me interessa. Aliás, interessa apenas se houver a possibilidade mínima de reverter o processo e mostrar as virtudes que a fofoca não consegue identificar.

Quando alguém se aproximar para destilar o veneno e tentar conduzi-lo a juízos pessoais negativos, seja prudente e lembre-se das palavras geniais de Mário Quintana: “não diga nada para o seu amigo, que ele, um outro amigo tem, e o amigo do seu amigo, possui amigos também. Pense nisso e seja feliz!

POR QUE AS EQUIPES FRACASSAM

De acordo com o Professor Dante Quadros, meu inestimável guru quando se trata de liderança, existem quatro tipos de agrupamentos nas empresas: Bando, basicamente cada um por si, Deus por todos, ou seja, ninguém se entende e cada qual age à sua maneira; Grupos, também conhecidos como forças de coalizão, concorrentes entre si, tais como os grupos do RH, do Comercial, do Financeiro, da Produção, do Marketing e assim por diante; Equipes, formadas por profissionais bem intencionados que conseguem executar o trabalho melhor e de maneira mais rápida, além de fornecer uma sensação de valor, de união e de sentido a todos os que se relacionam com elas; por fim, os sonhados Times, verdadeiras orquestras que atuam em perfeita sintonia com a visão e a missão da organização, semelhante àquele formado pela “Família Scolari” que conquistou a Copa de 2002. Esses são simplesmente inesquecíveis.

Nas empresas que valorizam as pessoas, a formação de equipes de alto nível significa um grande investimento em tempo, dinheiro e recursos, portanto, permitir que elas fracassem ou produzam menos do que se espera delas acarreta prejuízos irreversíveis em todos os sentidos. Algumas equipes alcançam resultados extraordinários independentemente do grau de dificuldade dos objetivos e metas, entretanto, outras podem se transformar em verdadeiros fracassos e levar uma organização à falência em pouco tempo.

Como profissionais, passamos pelo menos um terço da vida no trabalho, convivemos em equipe, pensamos em equipe, dependemos das equipes e quando nos tornamos líderes, esforçamo-nos para montar equipes de sucesso. Ainda que tenhamos dificuldades para liderar, sabemos que as equipes são importantes formas de agrupamentos para que o trabalho seja realizado da melhor maneira possível. Sem equipes não há lucros, não há resultados satisfatórios e as empresas não sobrevivem.

Pesquisas realizadas por Don Carew e Eunice Parisi-Carew durante dez anos, e citadas por Ken Blanchard no livro Liderança de Alto Nível, revelam que as equipes fracassam por várias razões, dentre elas a falta de um propósito claro e a falta de treinamento. Segundo os autores, ter consciência dessas armadilhas é importante para evitá-las na equipe que você lidera ou da qual faz parte. Como isso tem tudo a ver com o dia-a-dia das empresas, tomei a liberdade de transcrever e comentar as dez razões principais. Espero que seja útil de alguma forma, afinal, quem não lidera, no mínimo, é liderado. Vejamos:


1. Falta de diretrizes sólidas que definam o propósito central da equipe e como essa trabalhará de forma unida para alcançá-lo: em suma, para que serve uma equipe, qual o seu propósito, o que ela precisa fazer para atingir os objetivos;

2. Incapacidade de decidir no que consiste o trabalho pelo qual a equipe é responsável de forma interdependente e mútua: basicamente, falta de foco no resultado final do trabalho e sua relação com as demais áreas;

3. Falta de responsabilidade mútua: quando os resultados não são alcançados, a responsabilidade é de todos; não adianta culpar apenas um ou outro membro da equipe;

4. Falta de recursos para cumprir com o trabalho, incluindo o tempo: diz respeito ao uso criativo e responsável dos recursos – materiais, equipamentos e pessoas – e à organização do tempo;

5. Falta de liderança eficaz e de liderança compartilhada: orientação, delegação e compartilhamento são palavras-chaves para o sucesso das equipes;

6. Falta de normas que fomentem a criatividade e a excelência: falta de estímulo ao pensamento criativo, “fora do quadrado”, como se diz na gíria;

7. Falta de planejamento: não há empresa nem equipe que resista sem o mínimo de planejamento e isso é tarefa dos líderes;

8. Falta de apoio da gerência: o apoio é a maior ferramenta de motivação do líder; sem apoio não há sinergia e sim desperdício de energia vital;

9. Inabilidade para lidar com conflitos: as empresas são fontes inevitáveis de conflitos, portanto, quem não gosta de conflitos não pode liderar equipes; saber lidar com eles é sinal de amadurecimento;

10. Falta de treinamento em habilidades de trabalho em equipe em todos os níveis: não fomos treinados para trabalhar em equipe, acabamos por aprender a duras penas; atingir a excelência do trabalho em equipe requer direcionamento, determinação e comprometimento de todos.

Com relação à liderança, vale a máxima do planejamento: “quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve.” Nunca ignore a missão e a visão da organização embora seja necessário às vezes um pouco de pressão. Liderança é uma arte que deve ser aprendida aos poucos, pois exige amadurecimento, renúncia e comprometimento com os resultados.

Por fim, lembre-se: as equipes nada mais são do que os reflexos dos pensamentos do líder, portanto, quando os líderes não orientam, não planejam, não delegam e não atribuem responsabilidades, não devem esperar um resultado diferente do fracasso. As palavras de Ken Blanchard, especialista em liderança, são apropriadas para o trabalho em equipe: “nenhum de nós, sozinho, é tão inteligente quanto todos nós, juntos, e as pessoas têm o direito de se envolver nas decisões que as afetam.” Pense nisso e seja feliz!

ATENDIMENTO NOTA ZERO

Depois de muita insistência da área de pós-venda ou telemarketing, seja lá o que for, dia desses levei o carro para uma revisão do tipo “relâmpago” e programada, pelo menos foi o que me disseram, na concessionária mais próxima da minha casa, cujo atendimento foi marcado para 13 horas, com previsão de 45 a 60 minutos para conclusão do serviço.

Considerando minha agenda de trabalho, imaginei que o tempo era mais do que suficiente para uma rápida verificação e, por conta disso, eu cheguei um pouco mais cedo, para facilitar o trabalho do técnico e também o meu, é óbvio, afinal, tempo é dinheiro, como diz o ditado. Além do mais, o que é combinado não é caro, digo sempre.

De fato, quando cheguei lá, o atendimento estava agendado, conforme combinado por telefone, mas cadê o do técnico? Simplesmente sumiu. O tempo foi correndo, 13:10, 13:15, 13:20 e, é claro, eu cada vez mais impaciente. A mudança no meu semblante era visível. Não era necessário esbravejar nem ofender a moça que, apesar de sorridente e simpática, só demonstrou a falta de preparo na hora de abrir a boca.

Esse negócio de atendimento é interessante, algo digno de tese. Como bom observador do mundo corporativo, tenho colecionado algumas pérolas para ilustrar minhas aulas e palestras e confesso que, quanto mais a gente vive, mais a gente aprende. E, o que é ainda mais surpreendente, parece que quanto mais a gente fala, pede, implora e treina, pior.

Decorridos exatos trinta minutos do tempo originalmente programado, decidi entrar em ação. Na verdade, até demorei um pouco, mas, por ser um cliente antigo, fui extremamente educado. Eu estava num dia bom e imaginei que algo mais sério pudesse ter ocorrido.

– E então, Zoraia (nome fictício), por onde anda o Cibalena (outro nome fictício)? Faz mais de 30 minutos que eu cheguei e nada. E vocês ainda chamam isso de revisão programada? Apesar da cara fechada, eu estava calmo e quis apenas exercer o meu direito de protesto quando fui interrompido pela tal da Zoraia, equipada com duas covinhas na face e a boca cheia de dentes brancos, própria para desmontar semblantes do tipo carrancudo feito o meu.

– Um instante, seu Jerônimo, vou verificar novamente, afinal, ele já devia ter chegado. Ao telefone, alguém da oficina deve ter dito onde o Cibalena estava e, de posse do sorriso eletrizante, a tal da Zoraia não teve o menor constrangimento para me dizer com todas as letras: – aguarde mais um pouquinho, seu Jerônimo, que ele está sentado no trono!

Caramba, pensei comigo, devo merecer tudo isso. Enquanto eu tentava encontrar uma saída para aquele comentário infeliz, sem saber se ria ou procurava o gerente da oficina, a sósia da Monalisa ainda foi capaz de arrematar aquele triste diálogo: – calma, seu Jerônimo, quando ele voltar o senhor oferece o cotovelo para ele em vez da mão.

Depois de tudo, resolvi cair fora. Era o melhor a fazer para controlar a raiva, cumprir a agenda e não ter o desprazer de apertar a mão do infeliz que deveria estar desfalecido no trono. Minha intenção aqui não é apenas descontrair, mas demonstrar o quanto ainda temos por fazer em termos de desenvolvimento de pessoas. Do episódio em questão, deixo aqui três lições importantes para reflexão, afinal, afinal, isso é comum é acontece na maioria das empresas, em diferentes níveis e versões.

§ Pessoas que não fazem o que gostam devem ser orientadas diante de qualquer deslize; e se cometerem com frequência devem ser substituídas rapidamente para não comprometer o negócio;
§ Treinar funcionários não é suficiente; é necessário acompanhá-los de perto e avaliá-los periodicamente para o seu próprio bem;
§ O respeito ao cliente é algo tão básico que deveria ser objeto constante de treinamento, reunião, leitura, reflexão, mudança e, principalmente, de demissão em caso de escassez.

Um pouco melhor do que isso, somente o dia em que eu fui visitar uma grande rede de lojas com um amigo de trabalho e a recepcionista, recém-admitida, anunciou ao telefone para o diretor: – Seu fulano, tem dois “caras” aqui embaixo para falar com o senhor. Portanto, pense nisso, faça diferente e seja feliz!