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Criança de 5 anos falta a festinha de aniversário e recebe conta de R$ 63 da mãe do amigo

As crianças estão mais estúpidas do que nunca

Um novo estudo mostra que a atual ênfase colocada na memorização e em fazer provas está deixando as crianças menos criativas e mais estúpidas do que nunca.

Os pesquisadores analisaram vários “testes de criatividade” para identificar tendências. Um estudo de 2010 com cerca de 300.000 testes de criatividade que remonta à década de 1970, feito por Kyung Hee Kim, descobriu que a criatividade diminuiu entre as crianças americanas nos últimos anos.

Segundo Kim, a partir de 1990, as crianças tornaram-se menos capazes de produzir ideias originais e inusitadas. Elas também ficaram menos humorísticas, menos imaginativas e menos capazes de elaborar melhor as ideias.

Em resumo, os miúdos são agora menos capazes de exibir padrões de pensamento divergentes (criar ideias novas e originais) e no jogo imaginativo. Mas, por mais tentador que seja, não podemos culpar os pais ou os próprios filhos; os culpados são outros preferidos nossos: os políticos.

Por exemplo, Kim mencionou o programa americano “Nenhuma criança deixada pra trás” (tradução livre, No Child Left Behind), um ato que o Congresso dos EUA aprovou em 2001 e que obriga as escolas a administrar anualmente testes padronizados, como forma de avaliar se estão cumprindo as normas de educação do estado.

Isso pode ser parcialmente responsável pela queda da criatividade. “Se nos focarmos apenas em teste, teste, teste, como a criatividade pode sobreviver?”, disse Kim.

Testes padronizados forçam as crianças a pensar na aprendizagem como uma missão: de dar a resposta que o professor procura, e não de criar respostas alternativas, imaginativas, ou explorar outras maneiras de resolver um problema.

Como os professores também estão sob pressão para produzir testes que passem os estudantes, a criatividade fica marginalizada.

Outros culpados podem ser o aumento do período que as crianças passam assistindo TV, uma atividade passiva que não requer interações com os outros.

A falta de criatividade em estudantes também afeta o estilo de aprendizagem nas universidades. Os professores comentam que os estudantes se sentem prejudicados se você fizer-lhes uma pergunta que não é baseada em fatos ou na leitura. Outros têm observado que muitos alunos fazem careta de medo quando se pede que eles combinem ideias de várias fontes, para extrapolar conclusões.

E como podemos combater essa situação? Cultivando a criatividade. Segundo os cientistas, devemos incentivar as crianças a serem estranhas. Explorar respostas pouco ortodoxas, que podem levar a mais conhecimento. E, principalmente, desligar a TV e acompanhar – e lutar pelas – políticas educacionais do país.[Jezebel]

Estudo aponta que as crianças não conhecem 25% dos seus amigos do Facebook

A Ofcom divulgou seu relatório anual sobre o comportamento das crianças e dos pais perante as mídias sociais. O estudo desse ano mostrou que as crianças com idade entre 12 e 15 anos não conhecem 25% das pessoas que adicionam nas redes sociais.

Segundo os dados divulgados pelo britânico The Guardian, a média de amigos online dessa faixa etária, pelo menos no Reino Unido, é de 286. Ou seja, elas não conhecem pessoalmente cerca de 72 dessas pessoas. Em contraste com esse número, 93% deles afirmam que estão confiantes de que sabem tudo sobre segurança online. Percebe-se!

“As crianças não estão apenas usando mais mídias, como também estão adotando outras formas [de mídias] ainda muito jovens”, disse Claudio Pollack, diretor do grupo de consumo da Ofcom.

E ele tem razão. O estudo apontou que 40% das crianças com idade entre 5 e 15 anos tem um perfil em alguma rede social, e o número aumenta para 80% se restringirmos a faixa etária entre os 12 e 15 anos.

Já os pais que participaram da pesquisa acreditam que têm a situação sobre controle. Quase 80% deles afirmam que têm regras sobre o comportamento de seus filhos na Internet, embora menos da metade disse possuir algum tipo de controle de acesso instalado em seus computadores domésticos.

O relatório da Ofcom também abordou o assunto ‘smartphones’, e descobriu que as crianças gostam muito de se comunicar por meio de mensagens de texto. Elas enviam uma média de quase 200 mensagens de texto por semana, duas vezes mais do que o relatório do ano passado apontou (91 SMS por semana).

Meninas com idade entre 12 e 15 anos são as mais ‘viciadas’ em SMS. Elas enviam uma média de 221 mensagens por semana, 35% a mais do que seus colegas do sexo masculino. Isso é mais de quatro vezes a média do Reino Unido, que é de 50 mensagens de texto por semana.

Fonte: Site CANALTECH

Veja dicas de psiquiatra para saber se o seu filho usa drogas

De todos os assuntos que preocupam os pais, o consumo de drogas com certeza é um dos mais graves. O psiquiatra e especialista em dependência química Dr. Gustavo Teixeira cita pesquisas que revelam que os jovens costumam experimentar álcool e tabaco por volta dos doze anos de idade, enquanto o uso de maconha e cocaína costuma acontecer entre os quatorze e quinze anos de idade. Outro dado assustador é a constatação de que a experimentação de drogas ilícitas por estudantes, excluindo-se álcool e tabaco, se situa em torno de 22%. Isso quer dizer que, na média, praticamente um em cada quatro adolescentes já experimentou algum tipo de droga ilícita durante a vida.

Mas como saber se o seu filho de fato está usando drogas?

De acordo com o psiquiatra, não existem regras, mas normalmente são observadas mudanças comportamentais comuns entre os jovens que iniciam o uso da droga. Uma das primeiras observações são as alterações de personalidade e de humor. “Esse adolescente pode passar a se apresentar constantemente irritado, com baixo limiar de frustração e impulsivo. Sintomas disruptivos como quebra de regras, brigas frequentes com os pais, comportamento irresponsável acompanhado de falta de motivação pelas atividades e baixa autoestima também ocorrem frequentemente”, explica ele.

Na escola pode haver perda de interesse, queda de rendimento escolar, atitude negativista, atrasos e faltas injustificáveis, problemas de disciplina, envolvimento com colegas usuários de drogas, grande mudança na aparência física, vestimentas e apresentação pessoal. Fora os sintomas comportamentais, também é importante observar os sintomas físicos, como fadiga, problemas de sono, dores de cabeça, enjoos, mal-estar, além da perda de cuidados com higiene pessoal ou abandono dos esportes que antes praticavam.

Fatores de risco

Segundo o Dr. Teixeira, o uso problemático de drogas está relacionado a uma série de características, sendo que quanto mais fatores de risco esse jovem tiver, maiores serão as chances de envolvimento com drogas. “Na verdade, a adolescência é uma fase complicada do desenvolvimento, onde aquela pessoa não é mais uma criança, entretanto ainda não se tornou um adulto. Um furacão de mudanças comportamentais e físicas ocorre no corpo e na mente dos adolescentes, mediado por uma descarga imensa e intensa de hormônios sexuais que passam a modificar completamente o corpo deles”, diz ele.

O psiquiatra explica que o jovem está buscando sua identidade, sua individualidade, fazendo novas experiências, questionando, duvidando e muitas vezes brigando e lutando por questões que julga importantes. Nessa fase o adolescente não aceita mais passivamente as determinações e orientações de seus pais, existe uma tendência de maior identificação com o grupo de amigos, são mais impulsivos, curiosos, mais aptos a seguir as opiniões dos colegas e todos esses fatores podem impulsionar o jovem a buscar novas experiências, sensações e prazeres.

Logo, a adolescência é uma fase complexa do desenvolvimento físico e mental pela qual toda criança irá passar e um dia todo esse conjunto de fatores irá agregar o que poderia se chamar de um “ambiente facilitador” para a experimentação das drogas. A facilidade com que as drogas são ofertadas no meio acadêmico, nas festas e nas próprias ruas, em bares e lanchonetes que vendem álcool e cigarros indiscriminadamente para menores de dezoito anos de idade, mesmo sendo proibido pela legislação federal, torna o controle ainda mais difícil. Segundo o psiquiatra, outro fator importante para o início do uso de álcool e drogas pelos adolescentes são as influências dos modismos. “A juventude contemporânea e nossa própria sociedade encaram o consumo alcoólico durante eventos esportivos, como Copa do Mundo, ou eventos sociais, a exemplo do carnaval, Réveillon ou outras festividades, como um comportamento normal, sendo praticamente uma regra obrigatória a presença de álcool nesses momentos”, diz.

Papel da família

O psiquiatra ressalta a importância do papel da família do jovem nessa fase de experimentações. O lar onde esse adolescente está inserido pode representar um fator de proteção ou de risco ao envolvimento com as drogas. O fator genético influencia: filhos de pais dependentes de álcool ou drogas possuem até quatro vezes mais chances de se tornarem dependentes quando comparados com filhos de pais não usuários de álcool e drogas. Os fatores ambientais também são levados em consideração. Logo, filhos vivendo em ambientes domésticos caóticos e doentes, onde convivem diariamente com pais alcoólatras, usuários de drogas, agressivos, violentos, negligentes, hostis, desafiadores e onde não há diálogo nem respeito mútuo, correm um risco maior de abusar de drogas e álcool na época da adolescência.

Por todos esses motivos, é importante a existência de uma família estável para o jovem, na qual um diálogo franco e honesto possa existir. “Uma criança que vive em um ambiente doméstico sadio e seguro, onde as normas e regras sociais sejam ensinadas por seus pais, conceitos éticos e morais sejam passados aos filhos para a formação de um jovem responsável, seguro de seus deveres e responsabilidades, sabendo lidar com a questão dos limites, dos problemas cotidianos, lidando com suas frustrações, recebe uma base importante e eficaz para evitar o envolvimento com as drogas”, diz o Dr. Teixeira.

Jovens com baixa autoestima, inseguros, tímidos, retraídos, desajeitados e que não conseguem se destacar nos estudos, nos esportes nem nos relacionamentos sociais são mais aptos ao envolvimento com as drogas, portanto a identificação precoce desses perfis psicológicos e comportamentais será de grande importância para a prevenção ao uso de álcool e drogas. Além desses perfis psicológicos, estudos também comprovam que jovens que apresentam transtornos comportamentais diagnosticados como depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtornos disruptivos do comportamento apresentam incidências mais elevadas de envolvimento problemático com drogas quando comparados com jovens sem esses diagnósticos. Portanto, o tratamento dessas condições concomitantemente com o trabalho de prevenção será de grande importância prognóstica para o desenvolvimento sadio do adolescente. Outras características comportamentais comumente encontradas em jovens com risco de uso de drogas incluem impulsividade, agressividade, níveis baixos de evitação de perigo e menor religiosidade.

Outro aspecto familiar importante de se observar é que aquele pai que acredita que simplesmente dizendo ao seu filho através de um discurso simplista e hipócrita que as drogas fazem mal, matam, está cometendo um erro educacional grave. “O jovem nessa complicada, inevitável e importante fase de desenvolvimento não irá tolerar imposições e determinações passivamente. Será muito mais fácil para esse adolescente dar ouvidos ao amigão que diz que o álcool lhe deixará relaxado, tranquilo e menos tímido para conquistar as garotas, por exemplo”, explica o psiquiatra.

O diálogo franco e livre de preconceitos será um bom mecanismo para a conscientização do jovem a respeito dos perigos das drogas e deve ser encarado como um grande desafio para pais, mães, familiares, professores, amigos e profissionais da saúde que estão em contato com esses jovens.

Dessa maneira pode-se afirmar que a “técnica” que muitos pais utilizam de manter seus filhos em verdadeiras “redomas de vidro” não funciona, pois é fato que o adolescente será exposto ao mundo das drogas. Seja na festa de amigos, no boteco da esquina da escola ou na saída de aula; sendo oferecida pelo colega de sala ou por conhecidos em eventos sociais, é certo que ele terá contato com as drogas. Se o jovem irá utilizá-la ou não, dependerá que quais ferramentas ele possui para julgar se deve ou não experimentá-las.

Como diagnosticar?

Se você desconfia que seu filho está usando drogas, o primeiro passo é tentar conversar com ele e investigar se sua preocupação procede. Caso o jovem confirme o uso, pedindo ajuda, ou caso negue, mas inúmeros indícios colaboram para uma ideia contrária, procure um médico psiquiatra especialista em dependência química ou em psiquiatria infantojuvenil de sua confiança para uma avaliação comportamental completa.

Nessa avaliação comportamental o adolescente deverá ser avaliado de uma maneira global, tentando identificar todos os sintomas suspeitos de envolvimento problemático com álcool e outras drogas, além de uma investigação de outros possíveis transtornos comportamentais que podem estar presentes. Testagens laboratoriais para drogas de abuso podem ser solicitadas durante a investigação. “Caso seu filho tenha utilizado uma droga, isso não significa necessariamente que ele seja um dependente químico. Ele pode estar realizando um uso abusivo da substância, sem ainda um prejuízo muito significativo, logo, quanto mais precocemente descoberto o problema, mais fácil será o tratamento e maiores serão as chances de recuperação do jovem”, finaliza o Dr. Teixeira.

Saiba 12 perguntas que todos os pais, familiares, amigos e professores devem responder sobre o comportamento atual do adolescente. Elas podem servir de pistas na investigação de um possível envolvimento com álcool e outras drogas. Vale a pena lembrar que essas mudanças não são regras e não significam necessariamente que o jovem esteja envolvido com drogas, mas servem de alerta para uma possível investigação atenta de seu comportamento e atitudes.

1) O jovem piorou sua aparência pessoal e seus hábitos de higiene?

2) Utiliza roupas com slogans de apologia às drogas?

3) Escuta músicas ligadas ao tráfico ou de apologia às drogas?

4) Fala que fumar maconha ou beber não faz mal à saúde?

5) Está fumando cigarro?

6) Está chegando bêbado em casa?

7) Está frequentando festas raves?

8) Está dirigindo bêbado?

9) Apresenta-se mentindo, roubando ou enganando outras pessoas?

10) Tem se envolvido em brigas?

11) Tem entrado em atrito familiar constantemente?

12) Apresenta-se agressivo, revoltado ou nervoso?

Gustavo Teixeira é médico psiquiatra infantil, palestrante internacional e escritor psicoeducacional. Professor visitante do Department of Special Education – Bridgewater State University. Mestre em Educação – Framingham State University. Curso de extensão em Psicofarmacologia da Infância – Harvard Medical School. Pós-graduado em Psiquiatria – UFRJ. Pós-graduado em Dependência Química – UNIFESP. Pós-graduado em Saúde Mental e Desenvolvimento Infantil – Santa Casa do RJ. Editor-chefe dos Websites: http://www.comportamentoinfantil.com e http://www.disorderatschool.com

Irritação em crianças: saiba o que fazer

Escrito por Dra. Ângela Helena Marin

Qua, 01 de Junho de 2011 09:32

O que causa irritação nas crianças?

A irritação é um dos sintomas freqüentes do distúrbio de ansiedade, que pode acometer tanto crianças como adultos. A ansiedade é um sentimento esperado na infância e em outras etapas da vida. Especificamente na infância, pode-se observar esse sentimento desde muito cedo, quando as crianças se separam dos pais, quando ingressam na escola ou por outros eventos importantes, como a chegada de um irmão, perda de pessoas queridas, entre outros.

É possível uma criança ter uma predisposição à irritação?

A ansiedade infantil é multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos. Em outras palavras, ela pode ser causada por problemas psicológicos e/ou alterações nos transmissores químicos cerebrais, doenças na tireóide, infecções e fatores genéticos. Portanto, algumas crianças podem ter uma predisposição para desenvolver o distúrbio de ansiedade, sendo que um dos seus sintomas é a irritação.

A irritação pode ser herdada dos pais?

Todos os distúrbios psiquiátricos são multifatoriais e podem, sim, ter influência de aspectos hereditários, mas isso leva a uma predisposição e não necessariamente à manifestação do distúrbio.

 O que pode ser feito para acalmar a criança? Existe algum medicamento que a acalme?

 É importante que a criança, ao manifestar excessiva preocupação, apreensão com o futuro ou frequentes sintomas como dores de cabeça, náuseas, vômitos, falta de ar, diarréia, palpitações, dificuldade de concentração, agressividade ou medos em excesso, entre outros, seja avaliada. De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem multimodal, que inclui orientação aos pais e à criança, acompanhamento psicológico,  uso de psicofármacos e intervenções familiares.

Existem psicofármacos indicados para o tratamento da ansiedade que são recomendados tendo como base uma avaliação psiquiátrica da criança, que deve considerar as suas especificidades.

Existe o risco de a criança entrar em “surto”?

De uma maneira geral, os transtornos ansiosos na infância apresentam um curso crônico, embora flutuante ou episódico, se não tratados.

Como tratar a irritação?

Não se trata de algo pontual, mas, se o comportamento for exagerado, desproporcional em relação ao estímulo ou qualitativamente diverso do que se observa naquela faixa etária e que interfere na qualidade de vida, no conforto emocional ou no desempenho diário do indivíduo, será necessário
tratá-lo.

A quem os pais devem recorrer: a um psicólogo ou a um pediatra?

 Os pais devem recorrer a um profissional da área da saúde de confiança, pois esse saberá fazer o encaminhamento correto da criança frente à avaliação dos principais sintomas manifestados. Conforme o estudo “Transtornos de ansiedade” (publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria), é importante considerar na avaliação e no planejamento terapêutico do distúrbio da ansiedade a história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis fatores desencadeantes (ex.: crise conjugal, perda por morte ou separação, doença na família e nascimento de irmãos) e o desenvolvimento da criança.

 Além disso, ainda segundo o estudo, é preciso levar em conta o temperamento da criança (exemplo: presença de comportamento inibido), o tipo de apego que ela tem com seus pais (é segura ou não) e o estilo de cuidados paternos (como uma super proteção ), além dos fatores implicados na etiologia dessas patologias. Também deve ser avaliada a presença de comorbidade (quando duas ou mais doenças estão relacionadas).

Ângela Helena Marin é doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É psicóloga clínica e professora adjunta da Universidade Luterana do Brasil em Porto Alegre (RS).

Atividade Física para menores!

Como deve ser a alimentação dessa galerinha animada?

Crianças e adolescentes que praticam esporte estão na frente da disputa quando o assunto é proteger-se da obesidade infantil e dos males do sedentarismo na vida adulta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma hora de atividade física diária para garantir o crescimento saudável dessa galera. Nesses casos, porém, é bom saber que o esporte não significa passe livre para as guloseimas.

Alimentos industrializados e doces repletos de açúcar não precisam ser evitados, mas devem ser consumidos moderadamente, com uma porção ao dia ou negociados para os fins de semana.

Esse público precisa de um cardápio balanceado e com carboidratos de qualidade para garantir o pique dos jovens esportistas.

Vale a regra básica na hora de preparar as refeições: quanto mais colorido o prato, melhor. Além de mais estimulante, a diversidade de cores reflete o leque de ofertas necessárias dos nutrientes fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento.

Para os mais gordinhos, o ideal é nunca ultrapassar três horas em jejum e  reduzir o tamanho das porções. Já para os magrinhos de metabolismo acelerado, é possível adotar alimentos mais calóricos, como uma colher de azeite no arroz ou até o leite condensado na salada de frutas.

A ingestão total de calorias diárias varia de acordo com o peso e a idade.

De 5 a 7 anos: 86 a 90 calorias/quilo de peso.
De 7 a 10 anos: 67 a 78 calorias/ quilo de peso.
De 11 a 14 anos (meninos): 55 calorias/ quilo de peso.
De 11 a 14 anos (meninas): 47 calorias/ quilo de peso.

Para aqueles que treinam regularmente, seja na aula de natação, na escolinha de futebol ou no judô, é importante garantir o pique com a ingestão de alimentos cerca de uma a duas horas antes da atividade.

As refeições principais devem ser ricas em carboidratos complexos como macarrão, arroz, purê e grãos integrais.

Para pequenos lanches de manhã ou à tarde, antes ou depois do treino, o melhor são sanduíches com peito de peru e queijo branco ou atum, cereais, biscoitos, torradas, pão e frutas.

Crianças e adolescentes não devem fazer uso de suplementos nem de bebidas esportivas. A intensidade e o volume de treino que uma criança exerce não exigem o consumo desses produtos.

Toda a fonte de energia deve vir apenas da alimentação e nos horários estabelecidos. Horários fixos, aliás, valorizam o momento, além de regular o funcionamento do corpo.

Fonte: Trigoesaude.com.br


 

Transtornos alimentares em crianças é coisa séria!

As internações entre menores de 12 anos cresceram.

Durante o crescimento, crianças apresentam diversos comportamentos em relação à alimentação.

Algumas têm paladar seletivo, evitam alimentos considerados saudáveis. Outras dizem não ter fome, pulam refeições e fogem de uma garfada. Em geral, isso é só uma fase, que desaparece conforme a idade avança.

O problema ocorre quando esses comportamentos se tornam exagerados e vêm acompanhados de outros sinais, como a exigência de dietas restritas demais, repetidas visitas ao banheiro no meio das refeições ou perda de peso evidente. Nesse caso, é preciso levar a hipótese de distúrbio alimentar ao consultório do pediatra.

Até recentemente, os diagnósticos de bulimia e anorexia ocorriam, em geral, na adolescência. O dado alarmante, divulgado na edição de dezembro da revista da Academia Americana de Pediatria, é a incidência crescente do problema entre crianças e pré-adolescentes. Segundo o estudo, as internações entre menores de 12 anos cresceram 119% nos Estados Unidos, entre 1999 e 2006.

O medo do sobrepeso e da obesidade pode influenciar distúrbios alimentares nas crianças.

A atenção dada ao peso e à dieta pode ter uma consequência indesejável para algumas pessoas, que passam a fazer dietas exageradas, criam restrições alimentares pouco saudáveis e perdem peso demais.

É  importante lembrar que bulimia e anorexia são doenças desencadeadas pela combinação de vários fatores. É errado, como fazem alguns, culpar apenas a insistência em um certo padrão de beleza exibido na publicidade ou na televisão. Fatores como personalidade, relações familiares, interação social e os meios de comunicação têm o seu papel.

Um distúrbio alimentar pode trazer graves consequências para o desenvolvimento de uma criança. A falta de uma alimentação correta traz desde prejuízos cognitivos até distúrbios de crescimento. Anorexia e bulimia podem provocar queda de cabelo, anemia, problemas renais, estomacais, cardíacos, entre outros.

O tratamento dos distúrbios alimentares em crianças envolve uma equipe multiprofissional, que conta com pediatra, psiquiatra infantil, psicólogo, nutricionista e educador físico. É importante que seja feita a terapia familiar, terapia individual e uma reeducação alimentar.

Fonte: Revista Veja